sexta-feira, 29 de julho de 2016

 - A EVANGELIZAÇÃO URBANA E SUAS ESTRATÉGIAS


3º Trimestre/2016

Texto Base: Atos 2:1-12

“E aconteceu que, acabando Jesus de dar instruções aos seus doze discípulos, partiu dali a ensinar e a pregar nas cidades deles" (Mt 11:1).

INTRODUÇÃO

A vida urbana é uma realidade que desafia e exige da igreja uma pronta e veemente atitude para alcançá-la. Tem havido um enorme êxodo rural de pessoas em busca de melhores oportunidades, e isto tem inchado as grandes cidades de favelas e de marginalização, causando um desarranjo social incontrolável. A desorganização da vida urbana tem causado muitos problemas sociais, e a igreja deve estar preparada para responder a esses dilemas. Estratégias adequadas devem ser desenvolvidas para alcançar as pessoas. Os problemas típicos da vida urbana, tais quais a diversidade cultural, a marginalização social, o materialismo, a invasão das seitas e as tendências sociais, desafiam a igreja no sentido de demonstrar o poder da Palavra de Deus que transforma e dá esperança a todos (Rm 1:16). É bom estarmos conscientes de que o primeiro campo missionário deve ser o local onde a igreja está localizada. Antes de atravessar o mundo, a igreja precisa atravessar a rua, ou deve fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Mas não deve esquecer que na cidade há um farto campo para missões: crianças, jovens, estudantes, adultos e idosos.

I. ESTRATÉGIAS URBANAS DE EVANGELIZAÇÃO

A cidade é um campo de batalha entre Deus e Satanás. Existem missões que trabalham com grupos específicos: drogados, prostitutas, homossexuais, universitários ou profissionais liberais, por exemplo. Mas toda a cidade deve comover a equipe de missões. Este comover, quer dizer que o cristão deve sentir compaixão pelas almas perdidas.

É importante conhecer a cidade e seus problemas, tanto geograficamente, como socialmente e espiritualmente. Algumas cidades têm conotação religiosa, outras têm conotação esportiva e outras têm conotação financeira. Quem nela habita conhece-a melhor. Cabe a igreja aproveitar as oportunidades de grandes eventos, grandes aglomerações e realizar a tarefa de evangelização urbana. A estratégia contemplará a cidade de forma racional e planejada, visando à proclamação da Palavra de Deus em todas as estratificações da região metropolitana.

Os missiólogos afirmam que não pode haver nenhum esquema uniforme de evangelização. O que está dando certo em uma determinada igreja não quer dizer que dará certo noutra. Assim, pode-se dizer que o trabalho de evangelização urbana executado pela igreja nunca será ou estará completo. Nesse sentido, haverá sempre necessidade de descobrir as realidades desconhecidas e repensar os métodos, técnicas e estratégias utilizadas nesse processo.

1. A estratégia de Jonas. O Senhor havia determinado a destruição de Nínive. Seus habitantes, no entanto, decidiram arrepender-se e humilhar-se diante de Deus. Toda Nínive apregoou um jejum, que incluiu até os animais, clamando a Deus por misericórdia e pela revogação da sentença destruidora que fora motivada por eles mesmos. Qual foi a estratégia de Jonas? O tempo que ele dispunha para percorrer toda Nínive com o juízo de Deus era exíguo. Então, ele usou as vias principais da capi­tal assíria para apregoar a mensagem divina - “E começou Jonas a entrar pela cidade caminho de um dia, e pregava, dizendo: Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida" (Jn 3:4). A resposta à pregação de Jonas foi imediata e retumbante. A cidade inteira se converteu, embora Jonas não a tenha percorrido toda, e mesmo que a Palavra não tenha chegado a todos os ouvintes. Mesmo ouvindo a mensagem indire­tamente, todos, sem exceção, inclusive o rei (Jn 3:6) se humilharam em extremo debaixo da mão de Deus.

A ordem do Senhor é para que se pregue a toda criatura, mesmo aquela que, pela sua conduta, pela sua forma de proceder, é alvo de todo ódio, de toda repugnância, de todo o desprezo da sociedade e do mundo. Não cabe à Igreja julgar as pessoas e dizer a quem deve, ou não, ser pregada a Palavra. Nos dias do profeta Jonas, o Senhor mandou que fosse feita a pregação a todos os ninivitas, sem exceção alguma, ainda que eles fossem os homens mais cruéis que existiam no mundo naquele tempo. Jonas teve de pregar para todos, sem exceção, ainda que muitos, pela sua extrema crueldade e maldade, fossem, na verdade, verdadeiras “bestas-feras”, verdadeiros “animais”; mesmo sendo o que eram, foram alcançados pela misericórdia divina.

Quais são os sinais da conversão dos ninivitas? Segundo o Rev. Hernandes Dias Lopes:

a) O arrependimento sincero (Jn 3:5). Os ninivitas externaram sua tristeza interior pelo pecado através do jejum e da humilhação com pano de saco. No mundo antigo, esse era um meio comum de expressar tristeza, humildade e penitência - as marcas do verdadeiro arrependimento. O arrependimento dos ninivitas foi unânime: desde o maior até o menor. Começou de cima para baixo. Desde o rei até as crianças. Desde os homens até os animais. Toda prepotência e arrogância acabaram. Nenhuma justificativa e desculpa foi dada. Eles todos se prostraram em total humilhação diante de Deus. O próprio rei trocou seus mantos reais por pano de saco e se sentou no chão em meio ao pó e à cinza. A verdadeira conversão é evidenciada pelo arrependimento. Não há conversão genuína sem arrependimento.

b) A confiança profunda em Deus (Jn 3:5). Se o arrependimen­to é o lado negativo da conversão, a fé em Deus é o seu lado positivo. O arrependimento nos afasta do pecado e a fé nos faz correr para Deus. Pelo arrependimento o homem foge da ira; através da fé corre para a graça. A fé sempre conduz às obras. O povo ninivita creu em Deus e imediatamente se humilhou! Os marinheiros pagãos foram exemplo para Jonas em oração, agora os ninivitas pagãos são exemplo para ele no quebrantamento e volta para Deus. A conversão produz verdadeira mudança. O homem vem a Cristo como está, mas não permanece como está. Encontro com Cristo implica necessariamente imediata transformação. É impossível converter-se a Cristo e ainda permanecer no pecado.

c) O abandono das práticas pecaminosas (Jn 3:8). A conver­são toca o ponto nevrálgico da vida. Quando o rico Za­queu, que vivera extorquindo o povo, cobrando impostos abusivos, se converteu, ele resolveu dar a metade dos seus bens aos pobres e restituir quatro vezes mais a quem havia defraudado. Quando o truculento carcereiro de Filipos se converteu, passou a lavar os vergões de Paulo e Silas. A conversão dos ninivitas foi demonstrada pelo abandono imediato de seus maus caminhos e pela renúncia imediata e definitiva da violência. Essas práticas abomináveis que provocavam a ira de Deus foram abandonadas. Onde o pecado não é abandonado, não há evidência de conversão. Onde não há evidência de santificação, não há prova de conversão.

d) Uma posição de humildade diante de Deus (Jn 3:9). A ordem do rei ao seu povo foi que todos deveriam se humilhar. Nenhuma exigência foi feita. Deus não tem obrigação de ser misericordioso. Ele tem o compromisso de ser justo. Se Deus aplicasse Sua justiça, os ninivitas estariam subvertidos. O pecador merece o castigo, o juízo, e a condenação. O pecador não tem nada a exigir, mas a suplicar. Uma pessoa convertida é revestida de humildade e não de arrogância.

2. A estratégia do PentecostesDeus escolheu o momento apropriado para mostrar aos israelitas, reunidos para uma festa de grande aglomeração, a festa do Pentecostes, para revelar o seu grande mistério: o evangelho e a sua igreja. Nesse evento judaico tão importante, achavam-se em Jerusalém israelitas de todas as partes do mundo (At 2:1-12). E, quando da descida do Espírito Santo, eles ouviram as maravilhas de Deus em sua própria língua. Ao retor­narem aos seus lugares de origem, levaram a semente do Evangelho que, mais tarde, germinaria igrejas (ex.: igreja em Roma, igreja em Antioquia da Síria).

3. A estratégia de Jesus. Jesus Cristo, o evangelista por excelência, não restringiu o seu ministério às multidões, Ele foi à procura das pessoas marginalizadas pela sociedade. Ele ia ao encontro dos publicanos e das meretrizes, considerados a escória da sociedade de seu tempo. Jesus valorizava a todos indistintamente, até mesmo aqueles considerados a pior escória da sociedade, como era o endemoninhado gadareno (cf. Mc 5:1-20).

3.1. Na cidade de Gadara. Jesus, depois de um dia fatigante, atravessou o mar da galileia, enfrentou uma tempestade impiedosa para salvar um homem rejeitado e descartado pela sociedade de então, até mesmo pelos de sua família. Jesus preferiu investir na salvação de um homem, pois sabia que os habitantes daquela região, majoritariamente pagãos, não formariam um grande número para ouvi-lo ensinar, nem se disporiam a segui-lo na esperança de ver milagres. A estratégia de Jesus para ganhar Gadara foi salvar "um homem com espírito imundo, o qual tinha a sua morada nos sepulcros, e nem ainda com cadeias o podia alguém prender" (Mc 5:2,3). Ao experimentar a salvação e ao ver-se liberto daqueles demônios, o homem, revigorado e exultante, quis acompanhar Jesus, segui-lo por onde fosse. Mas disse-lhe: “Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez e como teve misericórdia de ti" (Mc 5:19). Tornou-se o primeiro evangelista entre os gentios. Qual o valor de uma vida? Para Jesus tem um imenso valor. E nós, como avaliamos as pessoas?

3.2. Na cidade de Samaria. O cenário urbano registrado pelo evangelista João é um protótipo ou um modelo de evangelização urbana que funciona. Jesus havia deixado a Judeia, ao Sul, e seguido para a Galileia, ao Norte, quando sentiu que era necessário passar por Samaria, cidade que ficava entre as duas regiões (João 4:4). Ao meio-dia, junto ao poço de Jacó, na cidade de Sicar (“cidade dos bêbados”), travou um longo diálogo com uma mulher samaritana que viera buscar água. E como resultado de sua estada nesse lugar, muitas pessoas foram ter com ele, para ouvir a palavra de Deus (João 4:30). Nós precisamos aprender com Jesus. Ele foi um evangelista por excelência.

Veja algumas estratégias interessantes de Jesus para salvar a mulher samaritana:

a) Jesus cria uma ponte de contato com a mulher. Veja João 4:7-9:

“Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber. Porque os seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida. Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos)?

Jesus podia Ele mesmo tirar água do poço. Jesus podia fazer um milagre ali e fazer brotar uma fonte naquela região. Mas Jesus resolve criar uma ponte de contato com essa mulher, pede a ela um favor. A verdade é que Jesus está querendo apenas construir um caminho de contato para conquistar o coração dessa mulher. O que significa isso? Significa que nós precisamos evangelizar de onde as pessoas estão. Jesus não tem um método engessado de evangelismo; Ele não tem o único método, em que ele usa aquele método para todas as pessoas, em todos os lugares e em todas as circunstâncias. Jesus faz uma leitura do texto e do contexto. Ele faz uma leitura da Palavra e da cultura. Ele faz uma leitura do ambiente e da pessoa. E ele começa de onde a pessoa está.

Na evangelização, nós devemos fazer uma leitura do que as pessoas são e qual o contexto da vida delas, para que então entremos por esta brecha para levar-lhes a Palavra de Deus.

b) Jesus não apenas cria uma ponte de contato, mas também desperta a curiosidade da mulher. Veja João 4:10-12:

“Jesus respondeu e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva. Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva? És tu maior do que Jacó, o nosso pai, que nos deu o poço, bebendo ele próprio dele, e os seus filhos, e o seu gado?”.

Jesus está dizendo: olha, mulher, eu vou falar com você sobre algo que é grandioso, que é sublime, que é maravilhoso! Jesus está aqui como jogando sal na boca dessa mulher para lhe provocar sede. Veja no verso 11 o que esta mulher respondeu para Jesus: “Senhor tua não a tens com que a tirar e o poço é fundo”. Note vocês que Jesus está dando uma dica para a samaritana: olha, mulher, a sua vida é como este poço, esta cacimba de águas paradas, que junta lodo; a tua vida está assim, sem sentido, sem sabor, sem novidade, sem uma experiência concreta e real com o eterno. Pois eu quero te apresentar não um poço, uma cacimba, mas uma fonte, uma fonte que não jorra para esta vida, mas para vida eterna. Eu quero apresentar uma vida gloriosa, sublime, maravilhosa. Eu quero apresentar a melhor notícia que você pode ouvir. Jesus gera nessa mulher uma ideia de curiosidade de conhecer a Jesus, de conhecer o dom de Deus.

c) Jesus desperta na mulher a sua necessidade. Leia João 4:13-15:

“Jesus respondeu e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede, mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna. Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede e não venha aqui tirá-la”.

A mulher ouviu falar da água viva, e disse: puxa vida que noticia boa! Agora não vou mais pegar o meu cântaro e vir todo dia para este poço com trinta metros de profundida e puxar água lá de baixo! Mas Jesus está querendo dizer para aquela mulher que as coisas deste mundo não satisfazem a alma: dinheiro, sucesso, prazeres, conquistas, medalhas, diplomas. Nada disso pode preencher o vazio de seu coração. As pessoas estão buscando muitas coisas, muitas experiências, muitas novidades, muitas crenças, muitas doutrinas, muitas religiões, muitos prazeres, muitos sucessos, muitas riquezas. E tudo isso não satisfaz.

A água do poço de Jacó não era uma água permanente. A água do poço de Jacó fica fora da alma e não é capaz de satisfazer as necessidades. A água do poço de Jacó é de quantidade limitada, ela diminui, desaparece. Mas a agua que Jesus oferece vem de uma fonte que jorra para a vida eterna. Que fonte é essa? O Senhor Jesus Cristo disse: “quem crê em vim como diz a Escritura, no seu interior fluirão rios de água viva” (João 7:38). O que significa isso? Primeiro, isso tem a ver com abundância. Segundo, isso tem a ver com dinâmica. Terceiro, isso tem a ver com vida pura.

d) Jesus desperta na mulher a necessidade de arrependimento. Veja João 4:16-18:

“Disse-lhe Jesus: Vai, chama o teu marido e vem cá. A mulher respondeu e disse: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido, porque tiveste cinco maridos e o que agora tens não é teu marido; isso disseste com verdade”.

Note que Jesus, no início, não começou a conversa com a mulher da seguinte maneira: “vai lá e chama o teu marido”. Porque às vezes a gente começa dando pancadas nas pessoas sem despertar nelas por coisas maravilhosas. Há irmão que, quando vai testemunhar de Jesus e vê a pessoa adepta de um ídolo, vai logo dizendo: “isso aí é do diabo!”. Aí, meu amigo, já era o interesse daquela pessoa por ouvir o evangelho! Nós temos que ter sensibilidade, tato, habilidade! Veja que Jesus só disse, “vai lá e chama o teu marido”, na hora oportuna da conversa, quando Ele está falando para ela da água da vida.

A pessoa que está sendo evangelizada só vai entender da água da vida, quando ela entender que é pecadora e que precisa de salvação e precisa de um Salvador. Ninguém pode receber o evangelho da graça a não ser que entenda que está perdido, que pecado é abominável para Deus, que o pecado é maligníssimo, que não há alternativa para a pessoa fora do evangelho sem o Salvador! Se a pessoa não tiver percepção de que está arruinada, que está perdida, dificilmente ela vai receber o evangelho da graça; não importa se esse ser humano é doutor, se é analfabeto, se é rico, se é pobre, se é religioso, se não é religioso, se frequenta igreja, se não frequenta igreja.

O grande drama, hoje, é que há muitos pregadores pregando fé sem arrependimento! Não se prega mais arrependimento hoje! Essa mensagem é politicamente incorreta, dizem. O pregador acha que vai ofender a plateia falando de pecado, da necessidade de arrependimento. Mas, sem arrependimento não existirá fé. E a fé é o meio para se alcançar a justificação – “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5:1) – e sem justificação ninguém chegará ao Céu.

Talvez essa mulher estivesse fugindo de si mesma! Quem sabe tentando preencher o vazio do seu coração com várias aventuras amorosas. Cinco casamentos fracassados e agora estava vivendo com um amante, com uma vida totalmente sedenta, vazia. Então ela queria saber onde está essa água da vida. E Jesus toca neste nervo exposto da situação: a necessidade do arrependimento!

e) Jesus desperta no coração dessa mulher a fé verdadeira. Veja João 4:25-30:

“A mulher disse-lhe: Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo. Jesus disse-lhe: Eu o sou, eu que falo contigo. E nisso vieram os seus discípulos e maravilharam-se de que estivesse falando com uma mulher; todavia, nenhum lhe disse: Que perguntas? ou: Por que falas com ela? Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens: Vinde e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito; porventura, não é este o Cristo? Saíram, pois, da cidade e foram ter com ele”.

Se a primeira fala de Jesus com a mulher fosse: “mulher eu sou o Messias e você é uma pecadora!”. Talvez aquela mulher tivesse saído escandalizada e ido para casa irada, e os resultados não tivessem sido promissores. Mas, Jesus era sábio em suas estratégias. O evangelho não muda, a mensagem não muda, o conteúdo não muda. Mas a abordagem precisa ser sábia, sensível, estratégica!

O que aconteceu com essa mulher? Veja os versículos 28 a 30: “Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens: Vinde e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito; porventura, não é este o Cristo? Saíram, pois, da cidade e foram ter com ele”. Aqui mostra que essa mulher tem pressa. Já que ela viu Jesus, teve um encontro com Jesus, ela tem pressa de testemunhar de Jesus. Ela correu para anunciar Jesus. Ela testemunhou para toda a cidade que tinha encontrado o Messias. Talvez nós precisemos deixar o nosso “cântaro”. Talvez nós precisemos ter pressa para ir falar para outras pessoas que nós encontramos Jesus!

Amados irmãos, quem tem um encontro com Cristo tem pressa para testemunhar dEle. Quem teve um encontro com Cristo e retém isso para si, talvez não tenha ainda um encontro com Cristo. Alguém já disse e é verdade: a igreja é uma agência missionária com um campo missionário. Ou a igreja evangeliza ou ela precisa ser evangelizada.

E os samaritanos vieram aos montões. Então Jesus disse aos seus discípulos: “levantai os vossos olhos e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa” (João 4:35). Os samaritanos chegaram e receberam a Jesus. Convidaram Jesus para ficar com eles. E Jesus ficou ali dois dias.

Após os samaritanos receberem a Jesus deram o seguinte testemunho: “E muitos mais creram nele, por causa da sua palavra. E diziam à mulher: Já não é pelo que disseste que nós cremos, porque nós mesmos o temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo” (João 4:41,42). Oh como foi maravilhoso Jesus pegar a uma mulher proscrita da sociedade, não somente levar a ela a salvação, mas fazer dela uma missionária.

Amados irmãos, nós devemos ir à nossa cidade, ao nosso bairro, ao nosso condomínio, à nossa igreja, à nossa parentela, e vamos anunciar que Jesus é o Salvador. E depois as pessoas vão dizer: “agora não é porque você nos anunciou, nós mesmos vimos, nós mesmos ouvimos, nós mesmos temos a convicção de que de fato Jesus é o Salvador do mundo!”.

4. Qual a nossa estratégia? Toda igreja que prima pela evangelização utiliza-se de estratégias apropriadas para levar as pessoas a Cristo. Nas cidades urbanas do Brasil é costumeiro se pregar o evangelho, distribuindo folhetos, em aglomerados esportivos, festivos e culturais. Muitos testemunhos de pessoas convertidas têm vindo à tona, mostrando com isso que a Palavra de Deus não volta vazia; antes, prosperará naquilo para que foi enviada (Is 55:11).

Em todos os lugares existem pessoas tristes, chorando, sofrendo, desanimadas, almas perdidas sem a mensagem do Evangelho. E a igreja tem a mensagem que salva. O alerta de Jesus ainda ecoa: “Erguei os vossos olhos e contemplai esses campos, que estão brancos para a ceifa” (Jo 4:35). A advertência de Deus dada ao profeta Ezequiel ainda ecoa: “Se eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares, para desviar o ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua iniquidade, mas o seu sangue eu o demandarei da tua mão. Mas, quando tu tiveres falado para desviar o ímpio do seu caminho, para que se converta dele, e ele se não converter do seu caminho, ele morrerá na sua iniquidade, mas tu livraste a tua alma” (Ez 33.8-9).

II. OS DESAFIOS DA EVANGELIZAÇÃO URBANA

As cidades, com sua complexidade social, cultural, econômica, emocional e espiritual, constituem-se campo propício para atuação da igreja ou do inferno; dos cristãos ou dos feiticeiros; dos homens de bem ou dos assassinos. Veja os principais desafios da evangelização urbana, nos tempos hodiernos:

1. Populações concentradas verticalmente em edifícios fechados. A verticalização das metrópoles impede-nos que evangelizemos de porta em porta, como acontecia há 50 ou 60 anos. Os condomínios, hoje, são quase impenetráveis aos que desejam evangelizar pessoalmente. Por isso, crie um círculo de relacionamentos. Não podemos entrar em um condomínio, mas um novo convertido que ali reside há de estabelecer um núcleo de evangelização, por meio do qual alcançaremos outras famílias. O evangelho de Cristo não muda, todavia, os métodos de evangelização devem ser periodicamente avaliados, para que o nosso trabalho não se torne improdutivo.

2. Excesso de entretenimento. Antigamente, só havia um pequeno campo de futebol em cidades de médio porte. Hoje, há estádios grandes, que atraem muita gente; a televisão e a internet tiraram as pessoas das ruas e as confinou dentro de suas casas. O evangelismo pessoal é muito dificultado nessas condições. Então, utilizemos os mesmos meios que confinaram essas pessoas dentro de suas casas. Oh! O uso da televisão é muito caro para atingir as pessoas confinadas em suas casas! Há muitos segmentos heréticos usando a Televisão, pregando suas heresias deletérias, e eles são muito inferiores a nós quantitativamente falando. Por que nós, que somos em maior número, não usamos esse meio de comunicação? Simplesmente por falta de amor pelas almas perdidas, por falta de visão missionária, porque a maioria dos líderes só pensa em construir suntuosos templos para competir com a outra denominação, porque a maioria dos líderes só pensa em se locupletar com a “lã das ovelhas”. Certamente, no tribunal de Cristo isso será levado em conta! Urge mudarmos esta situação!.

3. Proliferação de denominações. A concentração de igrejas diferentes, além das seitas diversas, causa confusão junto à população. Cada uma evangelizando com mensagens diferentes e contraditórias. Parece que há um "supermercado da fé". Há quem ofereça religião como mercadoria mais barata, em "promoção", com descontos (sem exigências, sem compromissos) e há os que "cobram" caro demais, com exigências radicais.

4. O fundamento materialista. O elevado grau de materialismo e consumismo do homem urbano faz com que o mesmo sinta-se autossuficiente, sem a necessidade de Deus. A doutrina fundamental do materialismo é: o mundo existe por si mesmo. O materialismo prega que a única realidade no universo é o mundo físico e material e que nada existe além dele. Esta vertente filosófica prega o ateísmo, nega a realidade espiritual, a existência dos anjos, os milagres, a criação do Universo e do homem por Deus.

5. O relativismo moral predominante. Sob um discurso de tolerância e de liberdade, o mundo hodierno, defende a ideia do "relativismo moral”, ou seja, nega que haja padrões de comportamento válidos para todos os homens, independentemente da época, da cultura ou da vontade de cada ser humano. Dentro deste pensamento, não é considerado exigível dos homens qualquer conduta estabelecida "a priori" por quem quer que seja. Deste modo, entende-se que não possa ser imposto qualquer comportamento a qualquer homem, sendo "fanáticos" e "intolerantes" aqueles que assim não entendem. Todavia, ao contrário do que se diz no mundo, existe, sim, um padrão universal de conduta, que independe de cultura, de época ou da vontade de cada ser humano: o padrão bíblico, o padrão estabelecido por Deus e revelado ao homem por sua Palavra.

6. Incredulidade e perseguição. Num tempo em que o evangelho é desgastado por falsos pregoeiros, anunciemos a Cristo com sabedoria, poder e eficácia (2Tm 4:17). Nossa mensagem não pode ser confundida com a dos mercenários e falsos profetas (Rm 6:17). Preguemos a mensagem da cruz na virtude do Espírito Santo (1Co 1:18). Se formos perseguidos, não desistamos. Jesus também o foi em sua própria cidade, mas levou a sua missão até o fim (Lc 4:28-30).

Como enfrentar estas e outras dificuldades que tendem dificultar a evangelização no orbe urbano? Utilizando-se de estratégias habilidosas, sob o auspício do Espírito Santo. A cidade em que vivemos é campo de batalha entre Deus e o diabo; ela pertencerá aos céus ou ao inferno, depende de quem agir com mais eficiência e eficácia, com as forças dos céus ou do inimigo. Nas grandes metrópoles, os sistemas sociais, econômicos, políticos, educacionais e outros estão sob a influência dos demônios, das potestades das trevas. É preciso muito poder, muita oração, muito jejum e muita ação para que as estruturas das cidades sejam resgatadas do poder do inimigo. O desafio é grande, mas o que está conosco é maior do que o inimigo.

III. COMO FAZER EVANGELISMO URBANO

Para realizar evangelização urbana é imprescindível tomar as seguintes decisões:

1. Orar e jejuar pela Cidade. Qualquer plano de evangelização, por melhor que seja, com recursos, métodos, estratégias, fracassará, se não tiver o poder de Deus. Este poder só vem pela busca, pela oração constante. Os demônios infestam as cidades e só são expulsos pelo poder da oração (Jr 29.7; Lc 19.41). A oração é a base.

2. Treinar a equipe ou as equipes. Esse treinamento refere-se ao estudo da Palavra de Deus e das estratégias estabelecidas. As seitas preparam bem seus adeptos. As igrejas precisam gastar tempo e recursos no preparo dos que evangelizam para que eles não tenham de que se envergonhar, que manejem bem a palavra da verdade (2Tm 2:15).

3. Conhecer o contexto urbano. O contexto diz respeito à cultura - aos valores, ideias e sentimentos - de um determinado povo. Também diz respeito às classes sociais e à religião. O contexto revela quais são as características que são próprias de uma determinada cidade. Isto ensina que evangelização e contexto precisam andar de mãos dadas. Então, para se usar um determinado tipo de técnica ou método na evangelização é preciso conhecer o contexto, o ambiente em que se vai trabalhar. Jesus, quando evangelizou a mulher samaritana, conhecia o contexto da cidade de Sicar. Ele conhecia o modo de vida desse povo. Foi em razão disso que, em sua conversa com a Samaritana, ele usou o método indutivo, ou seja, ele começou o diálogo partindo do particular para o geral - do problema pessoal para a solução. Os argumentos usados por Jesus foram tão convincentes que a mulher abriu-lhe o coração: “não tenho marido. Disse-lhe Jesus: disseste bem: Não tenho marido, porque tiveste cinco e o que tens agora não é o teu marido” (João 4:18,19).

4. Planejar a evangelização. O sucesso da evangelização depende do Espírito Santo. Só Ele convence o pecador (João 16:8). Entretanto, no que depende de nós, precisamos fazer o que está ao nosso alcance, devemos fazer a nossa parte.

Daniel Berg e Gunnar Vingren não vieram ao Brasil porque olharam, aleatoriamente, para o mapa e escolheram uma cidade da região norte do Brasil, não! Eles, certamente, oraram muito e, orien­tados pelo Espírito Santo, escolheram a cidade de Belém, no Pará, como ponto de partida para a sua missão no Brasil. Constataram que a capital paraense era geograficamente estratégica para se alcançar o país em todas as direções. Não se faz evangelização, principalmente em cidades, sem uma estratégia previamente estabelecida e direcionada pelo Espírito Santo.

O apóstolo Paulo, antes de chegar à Macedónia, já podia contar com uma equipe altamente qualificada para implantar o evangelho na Europa. Primeiro, tomou consigo a Silas e depois, o jovem Timóteo (At 15:40;16:1,2). Acompanhava-os, também, Lucas, o médico amado (At 16:11). Com esse pequeno, mas operoso grupo, o apóstolo levou o evangelho a Filipos, a Tessalônica e a Beréia, até que a Palavra de Deus, por intermédio de outros obreiros, chegasse à capital do Império Romano (At 16.12; 17.1,10).

Algumas sugestões importantes devem ser consideradas, no âmbito do planejamento:

Ø Defina áreas a serem evangelizadas: bairro, quarteirão, ruas, avenidas, praças...

Ø Estabeleça postos-chave. É necessário que sejam encontrados postos principais para a evangelização urbana. Pode ser a casa de um crente, ou a de alguém que está se abrindo ao Evangelho da graça, como aconteceu com Lídia (At 16:15). Na evangelização, as bases são muito importantes.

Ø Defina as equipes de evangelização e distribua as áreas com as equipes (ex.: rua tal com equipe tal; ou quarteirão tal com tal equipe; bairro tal com equipe tal, etc.).

Ø Estabeleça metas ou alvos (nº de decisões, pessoas batizadas, etc.).

Ø Prepare os meios necessários: literatura, equipamentos, recursos financeiros, etc.

Ø Acompanhe de perto a equipe ou as equipes de evangelização. Isso deve ser feito pelo pastor da Igreja ou pelo departamento de evangelismo.

Ø Jamais se deve descuidar dos novos convertidos. Fortaleça-os na fé, na graça e no conhecimento da Palavra de Deus. Quem se põe a evangelizar as áreas urbanas deve estar sempre atento. Por isso mesmo, tenha uma equipe amorosa, competente e disponível. Deve-se engendrar esforço para estimular o recém-convertido a frequentar com fidelidade a Escola Bíblia Dominical. A EBD é um meio propício para o fortalecimento da fé e maturidade espiritual do novo cristão.

Ø Mobilize o maior número possível de crentes para a execução do que for planejado: jovens, adolescentes, adultos, com a liderança à frente.

Ø Avalie os resultados obtidos. Deve-se avaliar os resultados obtidos e extrair os conhecimentos necessários para melhor aplicá-los no futuro.

Não podemos deixar de frisar que todo planejamento deverá ser dirigido e confirmado pelo Espírito Santo. Caso contrário, estaremos fazendo evangelismo apenas no sentido técnico, e não com a unção do Espírito Santo, causando desperdício de esforços e recursos. Por outro lado, não podemos nos esquecer da necessidade da estratégia, para não corrermos o risco de estarmos utilizando mal os meios que o Senhor nos deu para uma evangelização eficaz.

CONCLUSÃO

Indubitavelmente, a evangelização urbana é o gran­de desafio do século 21. As cidades tornam-se cada vez maiores e mais complexas, exigindo da Igreja de Cristo ações e estratégias mais ousadas e eficientes, visando bons resultados. Precisamos orar e pedir a Deus estratégias e os meios propícios para atingirmos as pessoas que ainda não conhecem o evangelho da graça. Neste tempo pós-moderno é de bom alvitre o uso dos meios de comunicação social (Ex: WatsApp, Facebook, twitter, blog, site, instagram, etc). Não podemos prescindir dos programas de rádio e de TV. A cada momento, milhares morrem sem aceitar Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Isto é uma terrível notícia.

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Luciano de Paula Lourenço

Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com

Referências Bibliográficas:

Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

Comentário Bíblico popular (Novo Testamento) - William Macdonald.

Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.

Guia do Leitor da Bíblia – Lawrence O. Richards.

Revista Ensinador Cristão – nº 67. CPAD.

Ev. Dr. Caramuru Afonso Francisco. Evangelização – a Missão máxima da Igreja. PortalEBD_2007.

Rev. Hernandes Dias Lopes. Atos. A ação do Espírito Santo na vida da igreja.

O desafio da Evangelização. Pr. Claudionor, de Andrade. CPAD.

Orlando Boyer. Esforça-te para ganhar almas. Ed. Vida.

Rev. Hernandes Dias Lopes. Jonas (um homem que preferiu morrer a obedecer a Deus).

terça-feira, 26 de julho de 2016

LIBERTOS DA RELIGIOSIDADE

O cristão habituado a andar segundo as tradições religiosas torna-se legalista, hipócrita. Ele se apega demasiadamente às tradições religiosas, não tem nada novo, sempre faz críticas destrutivas e confusões na igreja. Assim, ele não muda para melhor, não recebe o poder de Deus e o renovo espiritual que sua vida precisa.

Talvez você esteja cansado de viver a rotina em sua igreja, em seu trabalho, em sua casa. Talvez você esteja espiritualmente esgotado. Neste momento, Deus tem o poder para prover os meios necessários que mudarão radicalmente a sua vida. Exercite a sua fé em Cristo. Medite nas promessas de vitória que o Senhor tem reservado para você. Ele quer mudar a sua vida.

Se desejamos mudar para melhor a nossa vida espiritual, física e material, devemos entender quando precisamos fazer mudanças fundamentais em nossa vida; devemos entender porque é necessário essas mudanças em nossa vida; e, por último, devemos esforçar-nos para implementar essas mudanças.

Para que as mudanças aconteçam, é preciso que elas estejam acompanhadas de atitudes certas e da ação do Espírito Santo. Não existem mudanças no plano abstrato; a mudança deve acontecer de uma forma concreta, ela deve ser real. Se você não quiser pôr em prática, as mudanças não poderão acontecer em sua vida. Não basta apenas desejar que as mudanças aconteçam. Você precisa tomar as atitudes que o levarão a obter as vitórias que almejou alcançar em cada área da sua vida.

Mas não acredito em mudanças para melhor sem a ação direta do Espírito Santo. Ao conversar com Nicodemos sobre o mistério da salvação, Jesus explicou que o vento sopra onde quer e como quer, o vento movimenta os galhos, as folhas das árvores, as roupas estendidas em um varal direcionando-as para onde está soprando.

O que eu quero dizer com essa metáfora do vento é que, para que haja mudança, é preciso a ação do Espírito Santo. Não basta apenas agirmos por conta própria. Devemos experimentar o mover do Senhor em nossa vida. Somente o Espírito Santo poderá trabalhar, agir, operar, realizar mudanças profundas e eficazes em nós, fazendo de nós novas criaturas em Cristo.

Sem a ação do Espírito Santo não conseguiremos sair do comodismo nem mudar nosso modo de pensar e agir. Sinta o vento do Espírito em sua vida! Ele o conduzirá a uma nova direção e lhe revelará a área de sua vida que precisa ser mudada para melhor. Ele lhe concederá poder, autoridade e graça para você mudar.

Conheça o poder de Deus, não desista dos projetos dele para a sua vida, busque o avivamento que você precisa e a segurança especial de Deus.

Quando você experimentar o poder de Deus e a ação do Espírito Santo em sua vida, você não será mais o mesmo. Você aprenderá a lidar com as perdas, e as circunstâncias da vida não mais o ferirão. Essa mudança não é ficção; é possível de ser operada por Deus em sua vida.

Dra Elizete Malafaia

Por Litrazini

Graça e Paz


Enxugue Suas Lágrimas As Margens do Rio Quebar
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Wilma Rejane


Deus fez as lágrimas com um propósito muito especial, através delas expressamos os sentimentos mais profundos do nosso ser. Por mais amados que sejamos para Deus, Ele permite passarmos por momentos em que o choro, torna-se inevitável. Davi pronunciou em um de seus Salmos: “Já estou cansado do meu gemido, toda a noite faço nadar a minha cama; molho o meu leito com as minhas lágrimas” Sl 6:6.

A tristeza, contudo, não deve ser senhora de nós, porque ao nos entregarmos as situações de derrota, ficamos impossibilitados de agir com fé. A fé em Cristo Jesus, nos livra de “morrermos na fornalha”: “Então Nabucodonosor se encheu de furor e mudou-se o aspecto de seu semblante contra Sadraque, Mesaque e Abdenego; falou e ordenou que a fornalha se aquecesse sete vezes mais do que se costumava aquecer” Dn 3:19.

Parecia uma situação insuportável, invencível. Em nossas vidas, temos momentos assim, em que as provações vêem com força dobrada, e aos olhos naturais, o desânimo pode nos derrubar, antes mesmo de “adentrarmos no fogo”. É só o começo da história, e já confessamos: “Não vou conseguir, não suporto”.  Isto não acontece só com você, acontece comigo e aconteceu com grandes homens de Deus. A fornalha não consumiu a Mesaque, Sadraque e Abdenego, eles saíram sãos e salvos. "Quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti" Is 40:2. Não estamos livres da prova, mas em Jesus, encontraremos ânimo para vencê-la.

Já reguei muitas vitórias, com lágrimas e mais lágrimas. Porém, em meio às circunstâncias, uma Palavra de Deus, um canto de louvor, arrancado do adormecimento da alegria, me fez renovar as forças. O profeta Jeremias, em suas Lamentações declarou: “Já pereceu minha força e a minha esperança no Senhor. Lembra-Te da minha aflição e do meu pranto, do absinto e do fel. Minha alma certamente disto se lembra, e se abate dentro de mim.” Lm 3:19-23.

Você pode imaginar um profeta, ungido, amigo de Deus, fazendo tal declaração? É que não somos os únicos a experimentarmos tristeza e sentimento de fracasso. Pode ser que tenhamos chegado a tal situação por conta de pecado, ou, a exemplo do justo Jó, estamos sendo provados pelo inimigo. Não sei. Tudo que sei é que em qualquer situação Jesus é a solução. Jó, em meio a mais profunda dor, declarou: “Eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim, se levantará de sobre a terra” Jó 19:25

Jeremias, em meio ao caos, entre cadáveres, e destruição por ocasião do cativeiro Babilônico ergue o espírito a Deus e diz: “Bom é o Senhor para os que esperam Por Ele, para a alma que o busca. Bom é ter esperança e aguardar em silêncio a salvação do Senhor” Lm 3:25, 26. Nossa fé, não está firmada em argumentos naturais, porque estes são incapazes de produzir livramento. Do alto, é que vem o socorro. É para lá que devemos voltar nosso olhar.

Ainda que nuvens pesadas, carregadas de nebulosidade, escondam o límpido azul e o brilho do sol. Elas não ficarão lá para sempre. Nosso olhar deve alcançar essa visão impossível. Com os olhos da fé, que revelam o instransponível.  Precisamos, nos levantar do leito molhado, encharcado de lágrimas e nos colocarmos de pé, acima das circunstâncias. Foi isso que Deus ordenou ao profeta Ezequiel: “E disse-me: Filho do homem põe-te em pé e falarei contigo” Ez 2:1

Onde estava Ezequiel nessa hora? “E aconteceu que estando eu no meio dos cativos, junto ao Rio Quebar, se abriram os céus, e eu tive visões de Deus” Ez 1:1. Ele estava no meio dos cativos, entre sofrimento, choro e falta de esperança, mas as margens do Quebar, ousou olhar para o céu e viver as visões de Deus. Ezequiel não deveria se entregar àquelas circunstâncias de derrota, desgraça. Mas buscar força e conforto no Senhor. “Filho do homem, te põe de pé”.  Deus estava dizendo: “Sei que és carne, homem, filho de homem, mas vence Ezequiel, te põe de pé e falarei contigo”. Vence Ezequiel, não se abate, olha além, de tudo que te rodeia, vive as visões que te mostrarei.

E a Palavra diz: “Entrou em mim o espírito e me põs em pé, e ouvi o que me falava” Ez 2:2.  Entregue ao Senhor, Daniel viu o que ninguém mais viu naquele campo de refugiados. Tudo porque seu olhar se elevou ao céu! Seu ser buscou respostas e conforto no alto. Ele não viu desilusão e morte, mas visão de Deus, que lhe dizia ser possível a restauração, um novo começo.

Revestido de forças, Ezequiel foi atalaia para casa de Israel. Ele enxugou suas lágrimas! Extraiu força, de onde parecia não haver. Ele viu céus abertos, enquanto, o odor de cadáveres pairava no ar, o pranto, choro, lamento e murmúrios. Ele foi para as margens do Rio Quebar, olhar o céu, conversar com Deus, buscar alento, no que foi ouvido. Se refugie, às margens do Quebar. Deus é o que enxuga suas lágrimas.

Entoe um cântico novo, uma melodia de agradecimento por todas as vitórias, acrescente o agradecimento, por esta última vitória que você precisa alcançar. Eleve o olhar, se ponha de pé, não se entregue as circunstâncias, porque elas não são maiores que o amor que Deus sente por você. Habacuque, também foi outro grande homem de Deus que viu a seca, e a destruição assolarem sua terra. Ele estava lá, naquela fornalha, aquecida sete vezes, em meio à corrupção, fome... angustiado volta-se para Deus :” Por que me fazes ver a opressão?” Hc 1:3

Deus lhe responde: “Eis que realizo uma obra maravilhosa em vossos dias” HC 1: 5. Como assim, maravilhosa? Não é isto que vejo. A verdade é que não era aquilo que Deus queria que ele visse! Habacuque deveria olhar para “o céu junto ao rio Quebar”, e ver as visões de Deus. Tudo aquilo haveria de passar, e um tempo de paz e prosperidade chegaria. Aquelas circunstâncias, não eram eternas. Habacuque precisaria manter o ânimo, enxugar o pranto.

Enxugue suas lágrimas, há visões de Deus, nas margens do Rio Quebar. O Senhor é a nossa força. Somos apenas homens, falhos e frágeis, mas Ele nos ergue acima das tribulações. Olhe para o céu, não desanime. Tudo haverá de passar, dando lugar a um novo tempo: "Espera no Senhor, anima-te, e Ele fortalecerá o teu coração; espera, pois no Senhor" Sl 27:14.

Em Cristo


sexta-feira, 22 de julho de 2016

A FÚRIA DE JONAS E A MISERICÓRDIA DE DEUS!

A FURIA DE JONAS E A MISERICÓRDIA DE DEUS!
Jn 4:1-11.
INTRODUÇÃO:
Meus amados irmãos! Um dos profetas mais conhecidos da bíblia sagrada é o profeta Jonas.
O nome Jonas significa pomba. Jonas Nasceu em Gate-Hefer, perto de Nazaré. Portanto, Jonas era Galileu, bem como Naum, Malaquias e Jesus.
Ele profetizou no Reino do Norte durante a época de Jeroboão II, rei de Israel, no séc. VIII a.C.
 E conforme 2 Rs 14:25-27 ele Predisse a expansão territorial conseguida por esse soberano, Jesus fez uma referencia a Jonas em  Mt 12: 39-41. 
A historia de Jonas  está registrada no velho testamento no livro que leva o seu nome; Jonas,
Provavelmente foi o próprio Jonas que escreveu este pequeno livro que contem apenas 4 capítulos, que podem ser divididos em 4 quadros.
No 1º quadro, capitulo 1 Deus chama Jonas e da a ele uma missão: - vai a grande cidade de Nínive clama contra ela, por que a sua malicia subiu até mim. Jn :1:1-2.
Jonas ao invés de obedecer à chamada e a direção de Deus; desce para Jope, acha um navio que estava indo para Tarsis e foge da direção de Deus,
Mas, no meio do mar, Deus manda um forte vento, uma grande tempestade, e navio fica a ponto de quase naufragar,
Os marinheiros encontram Jonas dormindo no porão, e descobrem que a causa daquela tempestade, era Jonas e sua fuga de Deus,
Eles tão pegam a Jonas, e o lançam no mar, e na mesma hora o vento cessa e a fúria do mar se acaba,
Mas, Deus preparou um grande peixe que veio e engoliu Jonas e por 3 dias e 3 noites Jonas fica dentro do ventre do peixe.
No 2º quadro: capitulo 2; nos vemos Jonas dentro da barriga do grande peixe orando, interessante é que  Jonas não ora  pedindo libertação, mas Jonas ora agradecendo, leia com atenção Jn 2.
Jonas agradece por que foi liberto de uma forma surpreendente e ficou assombrado por ter escapado da morte certa,
E pra nos ensinar que Deus ouve a nossa oração em qualquer lugar e a qualquer hora, Deus ouve Jonas orando mesmo dentro do ventre do peixe,
Deus então fala com o peixe e este vomita o profeta Jonas na praia da cidade de Nínive.
3º quadro: capitulo 3; nos mostra Deus dando uma 2 o chance a Jonas, e ele pregando na cidade de Nínive,
Uma mensagem de condenação, dura, pesada, sem chance de arrependimento e sem um pingo de misericórdia,
A mensagem de Jonas foi de condenação incondicional e irrevogável.
Jonas Avisava aos ninivitas que: - num período de quarenta dias a grande cidade seria varrida pelo fogo do juízoJn 3:4.
 A mensagem de Jonas foi pregada sem compaixão. Jonas queria ver a cidade de Nínive sendo devorada pelo fogo do juízo e virando de cabeça para baixo
Mas, mesmo assim! Mesmo ouvindo aquela mensagem de condenação, o povo de Nínive creu na pregação, e se arrependeu dos seus pecados,
Até o rei de Nínive, se levantou do seu tronou se cobriu de pano de saco, se assentou sobre as cinzas e clamou pela misericórdia de Deus,
Os homens, mulheres, crianças e até os animais, do maior até o menor, todos se cobrirão de panos de saco e jejuaram pedindo o perdão dos seus pecados. A bíblia diz no finalzinho do capitulo 3 que:
 - Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho, e Deus se arrependeu do mal que tinha dito que lhes faria. Jn 3:10.
Esta é a primeira parte da historia de Jonas e a primeira parte da história da historia todo mundo conhece
O que muita gente não conhece é a segunda, e ultima parte da história de Jonas que é tão interessante quanto a primeira! 
O capitulo 4 na verdade é o mais importante deste livro, pois, revela o real motivo que levou Jonas a fugir do seu chamado para ir até a cidade de Nínive.
O capitulo 4 revela a grandeza da misericórdia de Deus, e é justamente este capitulo que nos vamos estudar aqui hoje,
Vamos meditar no seguinte tema:  Jonas e a grandeza da misericórdia de Deus!
1º A FURIA DE JONAS
Depois que Jonas prega na cidade de Nínive ele tem uma atitude no mínimo curiosa, Jonas se assenta para observar a destruição da cidade.
Só que a mensagem de Jonas produziu efeitos que ele não esperava,
Jonas, não queria ver nenhum ninivita salvo, mas todos eles se converteram a Deus.
Jonas pregou o juízo, mas o povo clamou por misericórdia.
Jonas pregou condenação, mas Deus ofereceu perdão.
Ei! Deixa eu te dizer uma grande verdade!
- Deus age através de nós, mas Deus também age sem nós, e Deus age apesar de nós.
Se dependesse de Jonas, nenhum ninivita se converteria, mas para seu desgosto,
Todos passam a crer em Deus e se arrependem de seus maus caminhos e da violência de suas mãos.
E quando Jonas vê Deus perdoando a cidade, dizendo que não vai mais destruir, Jonas fica e se desgosta.
Jonas é o tipo pregador que fica irado por causa da bondade de Deus e quer morrer, por que seus ouvintes se converteram ao Senhor.
Ele ora e diz a Deus: - Ah Senhor! Não foi o que eu disse estando ainda na minha terra¿
Por isso, me preveni, fugindo para Tarsis, pois eu sabia es Deus piedoso e misericordiosos, longanimo e grande em benignidade e que te arrependes do mal,
Peço-te, pois, o Senhor, tira minha vida, porque melhor me é morrer do que viver. Jn 4:2-3
 Este texto revela o revela o real motivo de Jonas não querer pregar em Nínive, e tentar fugir para Tarsis,
Quantas vezes já ouvi pessoas pregando que Jonas não queria pregar em Nínive por que tinha medo dos ninivitas,
Nínive era uma cidade poderosa, perversa, dizem que eles matavam os inimigos e com os ossos do seu corpo construíam os muros da cidade,
Mas não foi por medo dos ninivitas que Jonas fugiu, Jonas fugiu por que sabia que se aquele povo viesse a se arrepender com sua pregação, Deus iria perdoá-los.
Por isso ele disse:  - Viu? É por isso que eu não queria vir! Eu sabia Deus, que o senhor era bom demais, E não ia castigar essa cidade! Eu queria ver sangueeee!
Jonas estava dominado por uma esperança perversa: - daqui a pouco Deus vai castigar Nínive, daqui a pouco eu vou ver este povo queimando!
Só que Jonas se esqueceu da infinita misericórdia de Deus, ei!  É verdade que a igreja do dias atuais tem deixado de falar a respeito do pecado, é verdade!
As mensagens de hoje só falam de bênçãos, prosperidade; - receba o seu milagre, receba sua cura! Receba o carro importado! A casa nova!
Estamos pregando bênçãos e estamos esquecendo, de pregar arrependimento, conserto,
Estamos esquecendo dizer que para o homem entrar no céu tem uma vida santificada.
- Segui a paz com todos e santificação por sem a qual ninguém verá a Deus. Hb 12:14.
Temos que pregar a verdade!  Pregar contra o pecado! Pregar contra imoralidade, o mundanismo, e tudo aquilo que fere a santidade de Deus!
Agora! Não adianta nada ir ao medico ele diagnosticar a sua enfermidade, mas não prescrever o remédio e o tratamento para cura da enfermidade.
Quando você pregar sobre o pecado pregue também a respeito do remédio para o pecado,
Quando pregar você pregar sobre santidade pregue também como ter vida santificada.
Caso contrario você será como o profeta Jonas: - espere ai pastor! Jonas só falou o que Deus mandou ele falar!
É verdade Jonas só falou o que Deus mandou! Mas quando o povo se arrependeu, e Deus perdoou o povo, ele se irou.
Jonas era insensível, vingativo e nacionalista, ele não queria que Deus perdoasse e nem salvasse ninivita nenhum!
Quando a mensagem de Jonas produziu o efeito necessário, ele se indignou!
A conversão dos ninivitas produziu festa no céu e tristeza no coração de Jonas.
Enquanto os anjos celebram a conversão dos ninivitas, Jonas pede para morrer.
Jonas queria misericórdia para ele, mas para os seus inimigos ele queria justiça.
É fácil pedir misericórdia para nos, quando nos erramos: - Deus me perdoa, me ajuda!
Mas quando é os nossos inimigos que erram ai nos queremos justiça:
- Mata! Arranca a perna deles! Fura um olho dele! O Senhor não disse que é melhor entrar no céu com um olho do que com os 2 entrar no inferno.
- É né! Como diz o ditado do mundo: - pimenta no olho dos outros é refresco!
A nossa justiça é humana e parcial, a justiça de Deus porem é totalmente imparcial e Sua misericórdia pode alcançar qualquer pessoa.
A grande verdade do livro de Jonas é que Deus se recusa a odiar os nossos inimigos.
Ele salva até mesmo aqueles a quem nós queremos condenar.
o maior medo de Jonas era que Deus  o perdoasse ao inimigo mais odiado de Israel. Então ele ficou furioso com a resposta da cidade.
Ei! Deus mandou você pregar contra o pecado, mas quando o pecador se arrepender
Ainda que seja aquele vizinho chato, se alegre com isso! Quando Deus usar de misericórdia, não importa com que se alegre com isto!
2º A MISERICÓRDIA DE DEUS
A bíblia diz que a misericórdia de Deus é grande!
- As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim, renovam-se cada manhãLm 3:22-23
A misericórdia do Senhor vai alem da nossa compreensãoA misericórdia divina é um dos atributos que revela a natureza de Deus.
- Passando, pois, o Senhor perante ele, clamou: O Senhor, o Senhor Deus, misericordioso e piedoso, tardio em irar-se e grande em beneficência e verdade;Ex 34:6
A misericórdia de Deus triunfa sobre Sua ira. Nínive foi uma cidade marcada pela malícia, pela corrupção moral e pela violência.
Os ninivitas eram truculentos, sanguinários e cruéis. Eles despedaçavam suas vítimas sem qualquer piedade.
O profeta Naum assim descreveu a cidade: - Ai da cidade sanguinária, toda cheia de mentiras e de roubo e que não solta a sua presa! Na 3:1.
Os assírios eram conhecidos por todos os vizinhos por sua violência e crueldade com os inimigos.
 Espetavam suas vítimas com estacas pontiagudas, deixando-as assar até a morte no calor do deserto.
 Decapitavam pessoas aos milhares e empilhavam seus crânios perto das portas da cidade e até esfolavam pessoas vivas.
Mas, Apesar de suas terríveis transgressões, quando eles se arrependeram, Deus teve misericórdia do povo de Nínive. Jn 4:11.
Dá pra compreender esse grande amor de Deus? 
Ei! A causa do amor de Deus está nele mesmo. Deus nos ama não por causa das nossas virtudes, mas apesar dos nossos pecados.
- Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadoresRm 5:8.
Sabe por que você é crente¿ sabe por que você esta na igreja¿ não é por que você é melhor do que ninguém não!
É por que a graça e a misericórdia de Deus te alcançou, Paulo disse:
...e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais.
Mas Deus, sendo rico em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,
estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo pela graça sois salvos,
Ef  2:3-5.
Os ninivitas mereciam o juízo de Deus, mas Ele derramou sobre eles a Sua misericórdia.
Eles mereciam a condenação, mas receberam a salvação.
= Aonde chega o arrependimento, a graça desfila embandeirada.
= Aonde as lágrimas do quebrantamento são derramadas, o perdão de Deus é oferecido.
Aonde há evidência de arrependimento, Deus suspende o juízo e derrama a Sua graça.
Ez 33:1 diz que Deus não tem prazer na morte do ímpio, mas em que ele se converta e viva.
O Deus de misericórdia  esta  pronto a  perdoar todo aquele que estiver pronto para se arrepender!
Todo ser humano é alvo da misericórdia de Deus: O macumbeiro, o feiticeiro, o religioso, o homícida, o estuprador,
 O ladrão, o pedófilo, a prostítuta, o homossexual, o alcoólatra, o fofoqueiro, o mentiroso...
Deus não ama o pecado, mas Deus ama o pecador! E todo ser vivo é alvo da misericórdia de Deus.
...mas, onde o pecado abundou, superabundou à graça; Rm 20:20
Ei! Não seja como Jonas! Seja misericordioso por que Jesus disse:
- Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Mt 5:7.
3º JONAS E A ABOBOREIRA
Depois de pregar em Nínive e  ver que o povo se arrepender, e Deus perdoar o seu pecado; Jonas fica emburrado,
Ele sai da cidade, vai para um lugar mais elevado e arma uma barraquinha, e fica ali sentado, na sombra olhando para Nínive,
Ele ainda tinha a esperança que Deus fizesse alguma coisa contra aquele povo, que Deus destruísse aquela cidade.
E é aqui que nos podemos ver maneira gloriosa de Deus agir, a pedagogia de Deus nos surpreende,
Ágüem já disse que: - no mundo você aprende a lição e depois faz a prova, com Deus é diferente primeiro você passa pela prova e depois vem a lição,
Ali naquele calor Deus faz nascer uma planta, uma aboboreira, que cresce rapidamente e faz sombra sobre a cabeça de Jonas
A bíblia diz em Jn 4:6 que: ... Jonas se alegrou em extremo por causa da aboboreira.
Quem sabe Jonas até disse: Agora sim Deus! Agora o Senhor acertou! Agora eu vou ficar a qui nesta sombra, e só falta o senhor castigar Nínive,
 Pra eu assistir tudo de camarote nessa sombrinha abençoada!
Mas no outro dia cedo! Deus mandou um bicho, um verme, em algumas versões se diz uma lagarta,
E aquela a lagarta,  feriu a aboboreira, e esta se secou. E quando apareceu aquele sol de rachar a cabeça e aquele vento quente Jonas não agüentou,
 O texto diz que ele desmaiou. E para não perder o costume Jonas começou a reclamar: 
- melhor me é morrer do que viver! Jn 4:8... Eu prefiro morrer do que viver sem minha linda e amada aboboreira! Até a aboboreira que me fazia sombra morreu! Que prova mais difícil!
E é aqui que Deus vai ensinar para o seu servo Jonas:cuidado com a inversão de valores:
Deus diz a Jonas: - Jonas! Você acha justo você fazer tanto drama por causa da aboboreira?
E Jonas respondeu: - Sim! É justo que eu me revolte a ponto de morrer!
- Então escute essa! Deus diz para Jonas: - Você têm, compaixão da aboboreira que você não plantou, não regou e não a fez crescer.
 Numa noite ela nasceu e na outra ela morreu.
E você acha Jonas!  Que eu não devo ter compaixão das 120 mil pessoas de Nínive  que não sabem discernir entre a sua mão direita e a esquerda¿
O mesmo Deus que usou um grande peixe para engolir o profeta Jonas, agora usa uma aboboreira e uma lagarta,
 Para ensinar a Jonas o verdadeiro valor das coisas, Para Jonas tinha valor a sombra de uma aboboreira do que 120 mil almas que ele queria ver morrer.
Jonas estava desgostoso por causa de uma planta, uma aboboreira, mas não estava nem ai para 120 mil ninivitas!
Homens, mulheres e crianças que eram objetos da criação especial de Deus e, portanto do alvo do seu amor.
Uma simples planta uma aboboreira,  que não foi ele que plantou, não foi ele que fez crescer, que nasce de manha e morre a tarde,
A preocupação de Jonas não era com 120 mil pessoas, a preocupação de Jonas era com a planta, uma aboboreira!
Jonas amava mais as coisas do que o ser humano.
Meus amados! Não é isto que no vemos nos dias atuais¿ tem mais preocupado com cachorro e com gato do que com seres humanos!
Tem muita gente por ai, que ama mais o carro, a casa, o dinheiro, o cachorro, o jardim do que o ser humano!
Liga a TV, assisti um noticiário pra ver se não é verdade! A morte de uma criança, de um ser humano, já tanta comoção como o cachorrinho da vizinha que sumiu!
Cuidado irmão com a inversão de valores: Qual é sua aboboreira¿ Qual a ordem de valores que você dá as coisas¿
Quantas vezes damos mais valor às coisas, aos nossos bens, ao nosso trabalho, aos nossos estudos,
Às nossas vontades e não pensamos nas outras pessoas, nós nos preocupamos com as nossas coisas,
Com o nosso bem estar, temos que nos preocupar com o bem estar do próximo. Esquecemos de preocupar coma s coisas de Deus
Deixa eu te dizer uma coisa! A nossa aboboreira um dia vai secar e morrer!
- Pastor não entendi! Eu vou explicar: a nossa aboboreira: - carro, casa, roupas, sapatos, nosso corpo tudo isto um dia vai acabar...
E eu te pergunto: - o que é que eu você teremos pra apresentar diante de Deus¿
Pelo amor de Deus! Não se apegue à aboboreira e corra pra Nínive, por que você tem muito trabalho a fazer!
Para mostrar ao profeta  Jonas que seus valores estavam invertidos, Deus usou uma lagarta,
Não espere Deus mandar uma lagarta, para tirar sua sombra, seu conforto, sua alegria pra você despertar pra fazer a obra de Deus
Agora, o Deus da lagarta é o mesmo Deus no peixe, da planta, e da misericórdia que a cidade de Nínive:
Através da lagarta, Deus mostra a sua condução das coisas! Deus não tinha perdido o controle dos detalhes.
Deus mandou a lagarta pra poder mostrar a Jonas que da mesma forma que ele tinha misericórdia da planta, Deus tinha misericórdia de Nínive,
Conclusão:
O livro de Jonas do inicio ao fim é uma revelação da misericórdia e da graça de Deus
Deus chama e envia Jonas, ele foge, mas Deus usa de misericórdia envia a tempestade,
Jonas é lançado no mar, mas Deus não deixa ele morrer afogado e envia o grande peixe para salva-lo,
Jonas fica 3 dias e 3 noites no ventre do peixe orando, e Deus usa de misericórdia e da uma 2º chance para Jonas cumprir sua missão.
O peixe vomita Jonas na praia, e ele prega a mensagem de Deus em Nínive, uma mensagem dizendo que cidade seria destruída,
 O rei e toda cidade de Nínive se arrepende dos seus pecados e Deus usa de misericórdia, perdoa Nínive e desiste de destruir a cidade,
 Ai Jonas fica irado por que ele queria ver os ninivitas destruídos, afinal  não eram da sua nação, era, os inimigos do seu povo,
Mas Deus usa de misericórdia com Jonas e traz uma grande lição  para ele, envia uma lagarta que mata planta fazia sombra para Jonas, para ensiná-lo de uma vez por todas.

Que o amor e da misericórdia de Deus, é para todos os que se arrependem e se convertem dos seus maus caminhos.

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