segunda-feira, 29 de maio de 2017

QUAIS SÃO O SIGNIFICADO E A IMPORTÂNCIA DA ASCENSÃO DE JESUS CRISTO?

Depois de Jesus ressuscitar dos mortos, Ele "se apresentou vivo" (Atos 1:3) às mulheres perto do túmulo (Mateus 28:9-10), aos Seus discípulos (Lucas 24:36-43) e a mais de 500 outras pessoas (1 Coríntios 15:6). Nos dias depois da Sua ressurreição, Jesus ensinou os Seus discípulos sobre o reino de Deus (Atos 1:3).

Quarenta dias depois da ressurreição, Jesus e Seus discípulos foram ao Monte das Oliveiras, perto de Jerusalém. Lá, Jesus prometeu aos Seus seguidores que em breve receberiam o Espírito Santo e os instruiu a permanecerem em Jerusalém até que o Espírito tivesse chegado. Então, enquanto Jesus os abençoava, Ele começou a subir ao céu. O relato da ascensão de Jesus é encontrado em Lucas 24:50-51 e Atos 1:9-11.

As Escrituras deixam claro que a ascensão de Jesus foi um retorno literal e corpóreo ao céu. Ele subiu do chão de forma gradual e visível, observado por muitos espectadores atentos. Enquanto os discípulos se esforçavam para terem um último vislumbre de Jesus, uma nuvem o encobriu da sua vista e dois anjos apareceram e prometeram a volta de Cristo "da mesma forma como o viram subir" (Atos 1:11).

A ASCENSÃO DE JESUS CRISTO É SIGNIFICATIVA POR VÁRIAS RAZÕES:

1) ELA SINALIZOU O FIM DO SEU MINISTÉRIO TERRENO. Deus Pai tinha amorosamente enviado o seu Filho ao mundo em Belém, e agora o Filho estava retornando ao pai. O Seu período de limitação humana estava no fim.

2) ELA SIGNIFICAVA SUCESSO EM SEU TRABALHO TERRENO. Jesus realizou tudo o que tinha vindo à terra para realizar.

3) ELA MARCOU O RETORNO DA SUA GLÓRIA CELESTIAL. A glória de Jesus havia sido velada durante o Seu tempo na terra, com uma breve exceção na Transfiguração (Mateus 17:1-9).

4) ELA SIMBOLIZAVA A SUA EXALTAÇÃO PELO PAI(Efésios 1:20-23). Aquele com quem o Pai se compraz (Mateus 17:5) foi recebido com honra e dado um nome acima de todo nome (Filipenses 2:9).

5) ELA PERMITIU QUE JESUS PREPARASSE UM LUGAR PARA NÓS (João 14:2).

6) ELA INDICAVA O INÍCIO DO SEU NOVO TRABALHO COMO SUMO SACERDOTE (HEBREUS 4:14-16) E MEDIADOR DA NOVA ALIANÇA (Hebreus 9:15).

7) ELA ESTABELECEU O PADRÃO PARA O SEU RETORNO. Quando Jesus retornar para estabelecer o Reino, Ele voltará assim como foi, ou seja, de forma literal, corpórea e visível nas nuvens (Atos 1:11, Daniel 7:13-14, Mateus 24:30, Apocalipse 1:7).

Atualmente, o Senhor Jesus está no céu. As Escrituras frequentemente retratam-no estando à direita do Pai, uma posição de honra e autoridade (Salmo 110:1; Efésios 1:20, Hebreus 8:1). Cristo é o cabeça da Igreja (Colossenses 1:18), o doador dos dons espirituais (Efésios 4:7-8) e aquele que preenche tudo em todos (Efésios 4:9-10).

A ascensão de Cristo foi o evento que transitou Jesus do Seu ministério terreno ao Seu ministério celestial.

Fonte: GotQuestion

Por Litrazini

Graça e Paz

domingo, 28 de maio de 2017

HULDA, A MULHER QUE ESTAVA NO LUGAR CERTO Lição 9 - Maio 2017 Em Edição - Continua

HULDA, A MULHER QUE ESTAVA NO LUGAR CERTO
Lição 9 -  CPAD Maio 2017
Estudo Pastor Osvarela
TEXTO ÁUREO
"Assim diz o Senhor: Eis que trarei mal sobre este lugar e sobre os seus habitantes, a saber, todas as maldições que estão escritas no livro que se leu perante o rei de Judá." 2 Crônicas 34.24
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 Crônicas 34.22-28
22 -Então, Hilquias e os enviados do rei foram ter com a profetisa Hulda, mulher de Salum, filho de Tocate, filho de Harás, guarda das vestimentas (e habitava ela em Jerusalém na segunda parte); e falaram-lhe naquele sentido.
23 -E ela lhes disse: Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Dizei ao homem que vos enviou a mim:
24 - Assim diz o SENHOR: Eis que trarei mal sobre este lugar e sobre os seus habitantes, a saber, todas as maldições que estão escritas no livro que se leu perante o rei de Judá.
25 - Porque me deixaram e queimaram incenso perante outros deuses, para me provocarem à ira com toda a obra das suas mãos; portanto, o meu furor se derramou sobre este lugar e não se apagará.
26 - Porém ao rei de Judá, que vos enviou a consultar ao SENHOR, assim lhe direis: Assim diz o SENHOR, Deus de Israel, quanto às palavras que ouviste:
27 - Como o teu coração se enterneceu, e te humilhaste perante Deus, ouvindo as suas palavras contra este lugar e contra os seus habitantes, e te humilhaste perante mim, e rasgaste as tuas vestes, e choraste perante mim, também eu te tenho ouvido, diz o SENHOR.
28 - Eis que te ajuntarei a teus pais, e tu serás recolhido ao teu sepulcro em paz, e os teus olhos não verão todo o mal que hei de trazer sobre este lugar e sobre os seus habitantes. E voltaram com esta resposta ao rei.
Discurso
O tempo da atividade de Hulda - Tinha Josias oito anos quando começou a reinar, e trinta e um anos reinou em Jerusalém. E fez o que era reto aos olhos do Senhor; e andou nos caminhos de Davi, seu pai, sem se desviar deles nem para a direita nem para a esquerda. Porque no oitavo ano do seu reinado, sendo ainda moço, começou a buscar o Deus de Davi, seu pai; 2 Crônicas 34:1-3
8 E no ano décimo oitavo do seu reinado, havendo já purificado a terra e a casa, enviou a Safã, filho de Azalias, e a Maaséias, governador da cidade, e a Joá, filho de Joacaz, cronista, para repararem a casa do Senhor seu Deus.
E Hilquias disse a Safã, o escrivão: Achei o livro da lei na casa do Senhor. E Hilquias deu o livro a Safã.
E Safã levou o livro ao rei, e deu-lhe conta, dizendo: Teus servos fazem tudo quanto se lhes encomendou. 2 Crônicas 34:15,16
Etimologia
Hulda (Hebrew: חֻלְדָּה) "doninha", foi uma profetiza contemporânea de Jeremias, mulher de Salum, o filho de Ticvá, ela habitava a "segunda parte de Jerusalém" ou o "segundo distrito".
Chuldah; n. pr. F. Hulda = “doninha” - uma profetiza na época do rei Josias a quem Josias consultou buscando uma opinião de autoridade a respeito do livro da lei encontrado por Hilquias.
נביאה - n ̂ebiy’ah; n. f. profetiza - tipo antigo dotada com o dom da música (Miriã);  forma posterior consultada em busca duma palavra (Hulda); falsa profetiza (Noadia); esposa do profeta Isaías
Exórdio
Uma profeta em Israel. Há poucas referências sobre profetisas em Israel. Mas, a história de Hulda se junta a história de algumas poucas mulheres como Débora que tinham forte influência benéfica em Israel, principalmente quanto a ouvir a voz de Deus.
Alguns dados podem inferir que Hulda tenha sido uma profetisa - n ̂ebiy’ah - comparada aos nabu que exerciam regularmente o dom de profeta.
O fato dela ter chamada para vidência, a respeito, da vida do reino mostra que ela era conhecida pelo exercício profético consultivo na corte do rei, nada tendo a ver com a posição de seu marido.
Assim sendo, Hulda, no nosso entendimento era realmente uma profetisa da corte.
A atividade profética em Israel era exercida nas várias camadas, partindo do Rancho de profetas, estabelecido por Samuel. Dali, saiam profetas cúlticos, profetas itinerantes e profetas de regiões e em destaque os profetas da corte do rei.
Entendemos, que esta formação de profetas não impedia o aparecimento de profetas tomados por Javé entre a população e assim, devido a questão cultural Hulda não deveria ter sido uma profetisa de rancho, mas sim uma profetisa tomada em êxtase pelo Espírito Santo, que a encheu para o serviço, de tal forma que foi reconhecida e consultada pelo próprio rei.
O profeta era uma pessoa que tinha uma influência sobre o povo, ou seja, ele, supostamente, transmitia a Vontade de Deus. O profeta levava ao povo uma direção, a Palavra de Deus!
O fato de seu marido ser referencial para sua apresentação deriva do aculturamento que impunha a apresentação dela como mulher, naquela cultura do Oriente Médio.
Especial e única
A única mulher que poderia ser considerada profetisa na Bíblia, no sentido estrito do termo, é Hulda -  2Reis 22,14, que viveu na época da reforma deuteronomista do rei Josias.
Hulda teve uma importante participação durante o reinado do rei Josias.
Seu marido seria o alfaiate da corte do rei Josias, ou responsável pelas vestes reais e de todos os aparatos decorativos, que incluía cortinas e tolhas do serviço do Templo, coisa de muita responsabilidade real ou espiritual, pois todas as cortinas e aparelhagem de uso sacerdotal nos sacrifícios e trabalho litúrgico fora determinada, diretamente por Javé, a Moisés.
Hulda era esposa de Salum, um homem ilustre e de família nobre, responsável pela guarda das roupas, ou do Templo (manutenção das vestes sacerdotais) ou da corte de Josias (alfaiate das vestes reais).
Hulda aparece nesta narrativa sendo consultada pelo sacerdote Hilquias, pelo escriba Safã, Aicão, Acbor e Asaías, homens a favor de Josias, que se preocupou após a leitura do Livro da Lei descoberto na Casa do Senhor.
Vivendo na região do rei
Onde ela morava determinava a importância de sua família e de sua posição profética, a ponto de ser consultora, ou uma profetisa da corte, uma modalidade de profetas em Israel. A cronologia bíblica nos mostra que naquele tempo, o 18º ano do reinado de Josias 2Rs 22:3, embora já houvesse o ministério de Sofonias  - Sf 1:1, e de Jeremias Jr 1:1-2, a comissão sacerdotal foi procurar e consultar a profetiza Hulda, 2Rs 22:14; 2Cr 34:22
Certamente merece destaque é o fato de Hulda ter sido a pessoa procurada, mesmo tendo grandes profetas como Jeremias e Sofonias vivendo em seu tempo. Alguns estudiosos sugerem que isso aconteceu provavelmente devido ao espaço que seu marido, e talvez até ela própria, tinha no palácio.
Ela morava na cidade baixa de Jerusalém. A localização exata desse lugar é incerta, porém é bem provável que seja o segundo quadrante de Jerusalém (cf. Sf 1:10; Ne 11:9), isto é, a segunda fileira de edifícios a partir do palácio real. A citação de Sofonias, quanto a região, na qual ela morava, mostra sua contemporaneidade com este profeta.
Hulda foi contemporânea dos profetas Jeremias e Sofonias. Uma pequena possibilidade, quanto a relação familiar de seu marido com o Profeta Jeremias.
Isto é, uma possibilidade do marido de Hulda, Salum, ter sido o tio de Jeremias. A Bíblia cita cerca de 12 a 15 pessoas com este nome no Antigo Testamento, sendo o tio do profeta Jeremias uma delas, entretanto é impossível determinar ao certo se realmente se tratava do marido de Hulda (Jeremias 32:7; Jeremias 35:4; Jeremias 52:24).
O Dicionário Strong aponta:
שלום - Shalluwm ou שלם-Shallum; n. pr. m. Salum = “retribuição”; 3) marido de Hulda, a profetiza, no reinado do rei; 4) tio do profeta Jeremias. Talvez o mesmo que o 3
2 Reis 22:14 – Aqui lemos que Hulda era uma profetiza do Antigo Testamento. Também lemos que seu ministério ocorria em conselho privado. Jackson comentou: “Embora Hulda fosse uma profetiza, o registro único do seu ministério profético envolvia alguns homens indo até ela onde eles conversavam em privado…
21 Ide, consultai ao Senhor por mim, e pelos que restam em Israel e em Judá, sobre as palavras deste livro que se achou; porque grande é o furor do Senhor, que se derramou sobre nós; porquanto nossos pais não guardaram a palavra do Senhor, para fazerem conforme a tudo quanto está escrito neste livro.
No Antigo Testamento só existem registros de mais duas (2) profetizas: Miriã e Débora. Assim, a elas se junta Hulda.
Alguns tem Noadia como falsa profetisa, mas a forma como esta mulher é citada por Neemias, a coloca ao nível de uma profetisa que, daquelas que se deixaram levar, seja pelo valor das ofertas, ou por querer ou ser contra Neemias por suborno e contra a obra de Deus.
E percebi que não era Deus quem o enviara; mas esta profecia falou contra mim, porquanto Tobias e Sambalate o subornaram. Para isto o subornaram, para me atemorizar, e para que assim fizesse, e pecasse, para que tivessem alguma causa para me infamarem, e assim me vituperarem.” Neemias 6:12,13
“Do outro lado - existiu ainda uma falsa profetisa: Noadia. Notória falsa profetisa, um dos 3 piores inimigos de Neemias” [Lembra-te, meu Deus, de Tobias e de Sambalate, conforme a estas suas obras, e também da profetisa Noadia, e dos mais profetas que procuraram atemorizar-me.Neemias 6:14]
Cuidado:
Há falsos profetas entre nós!
Os Sambalates, Tobias e Geséns são fáceis de identificar, porque são inimigos declarados, porém, os Semaías e as Noadias, faziam parte dos Judeus, mas eram tão inimigos da Fé-inteligente, corajosa e perseverante de Neemias, quanto os inimigos pagãos.
Sempre haverá Semaías e Noadias no nosso meio, por isso, todo o cuidado é pouco! Quando A Noadia Fala Consigo! Júlio Freitas
Uma profetisa respeitada.
A questão a ser colocada, neste estudo é a importante decisão do rei em chamar Hulda, num momento efervescente no reino, inclusive no meio profético.
Notemos que há profetas bíblicos importantes naquela quadra da vida de Israel:
“Palavras de Jeremias, filho de Hilquias, um dos sacerdotes que estavam em Anatote, na terra de Benjamim; Ao qual veio a palavra do Senhor, nos dias de Josias, filho de Amom, rei de Judá, no décimo terceiro ano do seu reinado.” Jeremias 1:1,2
Nessa época, segundo a Palavra, Jeremias e Sofonias eram vivos e podiam perfeitamente terem recebido a visita do sacerdote Hilquias, e dos demais que estiveram junto a Hulda. Mas o Senhor escolheu esta mulher para falar o que Ele queria que soubessem.
“Palavra do SENHOR, que veio a Sofonias, filho de Cusi, filho de Gedalias, filho de Amarias, filho de Ezequias, nos dias de Josias, filho de Amom, rei de Judá. Hei de consumir por completo tudo de sobre a terra, diz o Senhor.” Sofonias 1:1,2
Hulda tinha uma autoridade tão grande no Senhor, que foi escolhida pelo sacerdote para buscar ao Senhor pelo rei.
Curiosidade:
                       “O nome de Hulda é mencionado somente uma vez na bíblia, no livro de 2ª Reis, e é interessante ressaltar que a Bíblia relata pouco sobre as mulheres com cargos de profetas, na verdade somente duas mulheres foram citadas na Bíblia, Hulda e a juíza Débora. Além disso, é interessante frisar que na entrada do templo havia um monumento em homenagem a profetiza Hulda e também que uma das portas de entrada era chamada de porta de Hulda.

Com isso, notamos que a pesar de as mulheres nesse período terem uma participação limitada nos cargos religiosos, existiram mulheres que ultrapassaram essas barreiras e exerceram funções que normalmente eram atribuídas aos homens.” Hulda- 08 MAR - pesquisadora Thassia Izabel
           A busca de Hulda e sua profecia mostra que ela era uma mulher verdadeira profetisa, pois o tom profético era duro, nos dias nos quais ela profetizou.
Sofonias, usado por Deus profetizou duramente que, iria punir a nação e consumir tudo sobre a terra governada por Josias.
Embora, Josias estivesse num processo de purificação da Nação Israel estava em declínio espiritual, de tal maneira, que o processo de Josias era um intermezzo nesta trajetória. Por isto, encontramos Jeremias e Sofonias em posição profética de condenação e avisos ao futuro e próximo cativeiro babilônico.
2 Crônicas 34.8 “E no ano décimo oitavo do seu reinado, havendo já purificado a terra e a casa, enviou a Safã, filho de Azalias, e a Maaséias, governador da cidade, e a Joá, filho de Joacaz, cronista, para repararem a casa do Senhor seu Deus... E Hilquias disse a Safã, o escrivão: Achei o livro da lei na casa do Senhor. E Hilquias deu o livro a Safã. E Safã levou o livro ao rei, e deu-lhe conta, dizendo: Teus servos fazem tudo quanto se lhes encomendou.”
Neste processo Josias tinha uma equipe determinada para tratar dos importantes assuntos do reino.
Estes homens formavam uma espécie de conselho real. Eram homens envolvidos no processo de santificação e purificação. De tal forma, que para ouvir o que Deus queria falar ao rei, eles buscaram Hulda.
E ela estava à disposição de Deus, e do rei, e não disse o que queria, mas o que o momento exigia, numa palavra sábia e diferente do que o momento aparentemente exigia e que Deus estava falando.
Hulda foi usada por Deus para fortalecer a Josias na reforma espiritual que estava ocorrendo em Israel.
A profecia era compatível em relação a situação da Nação, mas em relação a quem se propõe a santificar, como Josias, a profecia exarada através de Hulda é um alívio e uma forma de Deus falar ao coração do rei.
“27 - Como o teu coração se enterneceu, e te humilhaste perante Deus, ouvindo as suas palavras contra este lugar e contra os seus habitantes, e te humilhaste perante mim, e rasgaste as tuas vestes, e choraste perante mim, também eu te tenho ouvido, diz o SENHOR.”
Alguns alegam que, a morte de Josias em uma batalha poderia indicar algum tipo de favorecimento da profetisa ao Rei.
Entendo que, a profecia de Hulda não infere a natureza da morte, mas já está inserida no contexto do final de vida do Rei Josias.
A narrativa bíblica demonstra que, a morte de Josias, se dá ao término de sua tarefa em redenção do Templo e da vida espiritual por um tempo. Deus falara através do próprio rei do Egito o rei Neco. Josias entra no combate contra o Egito em Megido e morre aos 39 anos de idade.

Historiando: Em torno de 612 a.C., a Babilônia, com o apoio dos medos, derrota a Assíria e seu rei foge para Harã. As coisas ficam fora de controle para os assírios que tentam por três anos proteger Harã e seu rei. Os interesses do Egito em tentar controlar a região e o comércio naquela rota levam seu rei Neco a entrar na batalha a favor dos assírios e contra os babilônios. Foi aí que veio o erro de Josias, que em vez de ficar em seu lugar, pensou ser taticamente melhor entrar naquela batalha para defender o lado da Babilônia. Faltou ele consultar ao Senhor através da Profetisa Hulda!
Não entre em guerras que não suas guerras e nem confie em poderosos.
Deus cuida de seu povo, sejam os inimigos fortes ou não, as nossas guerras são as guerras que Deus vai lutar por nós!
Leia o texto, abaixo:
“...No décimo oitavo ano do reinado de Josias se celebrou esta páscoa. Depois de tudo isto, havendo Josias já preparado o templo, subiu Neco, rei do Egito, para guerrear contra Carquemis, junto ao Eufrates; e Josias lhe saiu ao encontro. Então ele lhe mandou mensageiros, dizendo: Que tenho eu contigo, rei de Judá? Não é contra ti que venho hoje, mas contra a casa que me faz guerra; e disse Deus que me apressasse; guarda-te de te opores a Deus, que é comigo, para que ele não te destrua. Porém Josias não virou dele o seu rosto, antes se disfarçou, para pelejar contra ele; e não deu ouvidos às palavras de Neco, que saíram da boca de Deus;” 2 Crônicas 35:19-22
As Profetizas (Miriam, Débora, Noadia, Ana, e as 4 filhas de Filipe)
1) Miriam
2) Débora - Juíza e profetiza, mulher patriótica - Jz 4:4
4) Noadia
5) Ana - Fez uma anunciação messiânica - Lc 2:38
6) As 4 filhas de Filipe - 4 mulheres jovens profetizas At 21:9
Esquadrinhando a fala profética de Hulda.
Uma terrível vidência de destruição e tragédia para Israel.
A apostasia do período:
Hulda aparece nesta narrativa sendo consultada pelo sacerdote Hilquias, pelo escriba Safã, Aicão, Acbor e Asaías, homens a favor de Josias, que se preocupou após a leitura do Livro da Lei descoberto na Casa do Senhor.
- A lei tinha “sumido” apesar de estar dentro da casa do SENHOR 2Rs 22:8
- Israel havia abandonado tanto a Deus até havia objetos de idolatria no templo
- E o maior de todos os sinais de apostasia foi que Hilquias e os sacerdotes, mesmo vendo Hulda receber a mensagem de Deus, e informarem pessoalmente o rei sobre a ira do SENHOR, mesmo assim, eles estavam tão coniventes com a apostasia do povo, que foi necessário o próprio rei mandar eles tirarem os objetos pagãos que estavam no Templo do SENHOR
2Rs 23:4 E o rei mandou ao sumo sacerdote Hilquias, aos sacerdotes da segunda ordem, e aos guardas do umbral da porta, que tirassem do templo do SENHOR todos os vasos que se tinham feito para Baal, para o bosque e para todo o exército dos céus e os queimou fora de Jerusalém, nos campos de Cedrom e levou as cinzas deles a Betel.
Josias era temente a Deus, muito antes de mandar os sacerdotes consultarem o Senhor, Cronologicamente:
Reto aos olhos de Deus 2Rs 22:1-2; 2Cr 34:1-2
Humilhação 2Rs 22:11; 2Cr 34:19
Consulta 2Rs 22:14; 2Cr 34:22
A resposta do Senhor pela boca de Hulda (2Cr 34:23-28), basicamente se divide duas partes.
Primeira parte da profecia
- Há duas sentenças.
A primeira sentença consiste no aviso de que Deus traria o mal sobre aquele lugar, e sobre os seus habitantes.
O próprio cronista explica que o mal se refere as “maldições que estão escritas no livro que se leu perante o rei de Judá” - 2Crônicas 34:24.
Um espaço para permitir que o rei pudesse provocar o povo a se voltar a Deus.
Um adiamento por causa da posição de humilhação de Josias.
Um rei humilhado protege e delonga o juízo de Deus sobre o seu reino, é aprovado e mitigado da condenação.
A segunda parte da profecia - Alívio
Oferece certo alívio ao rei Josias - 2Crônicas 34:26-28.
Trata-se de um oráculo de livramento, onde basicamente foi garantido a Josias que, devido ao seu arrependimento sincero e preocupação com a situação da nação perante os mandamentos do Senhor, ele não testemunharia o juízo sobre Judá e a destruição de Jerusalém durante os seus dias, ou seja, o juízo contra aquele povo não seria revertido, mas adiado para uma geração futura. 
Bibliologia
A Bíblia e Mulheres Mestras; W. Gary Crampton
Quem Foi a Profetisa Hulda na Bíblia? Daniel Conegero
Hulda, a profetisa que mudou uma nação; Publicado em abril 9, 2013; Leilane Gabriela
Nova História: HULDA converte Josias
Profetisas houve ... Marcelo Gross

Jorge Videira
Hodara Batista

Apontamentos do autor

CONFIANÇA

Uma pessoa confiante encara as derrotas. Viver requer confiança. Um bebê, logo depois de nascer, inicia sua avaliação do mundo em que foi inserido com um questionamento fundamental. Vale a pena viver ou não? A maneira amorosa com que a mãe sorri e olha para a criancinha inspira confiança. Os cuidados dispensados para dar conforto e alimento confirmam a esperança incipiente do nenê. Ele ganha um acervo de esperança que o sustenta e dá convicção de que a vida é boa.

Na medida em que a confiança cresce, o sentimento de bem-estar e realização se fortalece. A pessoa confiante é segura e positiva. Vê o futuro com uma certeza interior que o impulsiona para frente. Uma pessoa confiante encara as derrotas da vida com uma visão que o assegura de que a próxima tentativa dará certo. Otimismo e alegria são frutos naturais de pessoas inerentemente confiantes.

Fé é a raiz da palavra "confiança". Trata do espírito da pessoa que deixa seu dinheiro no banco sem pensar duas vezes se a confiável instituição manterá sua impecável reputação de cumprir suas promessas ou não. Confiabilidade cresce ao longo da história em que a instituição age com integridade e trata a todos com honestidade. "A fé está morta para a dúvida, surda para o desânimo, cega para impossibilidades" (Pérolas para a Vida, comp. J. Blanchard).

Confiança cristã se alcança menos pela observação do mundo visível do que duma visão de Deus que concede "a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos" (Hb 11.1 - NVI). Confiar significa recorrer aos recursos inesgotáveis de Deus quando se olha para o futuro. Afinal de contas, o futuro tem um arsenal inesgotável de armas destrutivas. Acidentes, doenças, reveses financeiros, perdas de entes queridos, planos e projetos que falham, tropeços humilhantes, e a própria morte. Todos tendem a minar nossa confiança. Mas Deus assegura a seus filhos que Ele "...age em todas as coisas para o bem daqueles que O amam, dos que foram chamados segundo o seu propósito" (Rm 8.28 - NVI).

PASSOS PARA ALCANÇAR A CONFIANÇA EM DEUS

PRIMEIRAMENTE, DEVE EXISTIR UM SENTIMENTO FORTE E PROFUNDO DE NECESSIDADE NO CORAÇÃO. Pessoas que confiam inteiramente em si mesmas, que acreditam que a boa vida que desfrutam é resultado de suas boas decisões e esforço, têm uma grande barreira a superar para crer em Deus e entregar a vida aos seus cuidados.

EM SEGUNDO LUGAR, NÃO É POSSÍVEL CONFIAR NAQUILO DO QUAL NÃO SE TEM ALGUM CONHECIMENTO. Quando um amigo lhe assegura que um remédio proporcionou um resultado surpreendente, é natural querer experimentar o mesmo benefício quando se sofre do mesmo mal.

Pessoas sem conhecimento de Deus, que nunca provaram que o Senhor é bom (Sl 34.8), têm dificuldade em confiar nEle. Mas quando ouvem de alguém a experiência de confiança e socorro que viveram em Deus, têm interesse natural de participar do mesmo privilégio.

EM TERCEIRO LUGAR, uma vez demonstrado que a Bíblia possui evidências que comprovam sua inspiração divina, como Paulo afirma (2 Tm 3.16), É PRECISO DEDICAR-SE À LEITURA DO TEXTO, QUE TRARÁ INFORMAÇÕES SOBRE DEUS E SEUS ATRIBUTOS. Muitas vezes, leitores iniciantes da Bíblia têm a sensação de que estão constatando a viva realidade por trás de tudo o que existe.

EM QUARTO LUGAR, É IMPORTANTE TESTAR A REALIDADE DA PROMESSA DIVINA QUE GARANTE QUE TODO AQUELE QUE CONFIA NO SENHOR NÃO SERÁ CONFUNDIDO OU FRUSTRADO. Pela oração, o candidato desejoso de receber a maravilhosa graça salvadora precisa pedir que Deus confirme seu amor com o selo do seu Espírito. A certeza de que Deus atendeu nossa oração vem com a paz que inunda o coração dos que conhecem e confiam no Senhor. Paulo nos assegura que "o próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus".

EM QUINTO LUGAR, uma vez tendo o testemunho do Espírito no coração, o neófito terá boas perspectivas de crescimento na sua fé na medida em que ele ORA E SE FORTALECE NO ESTUDO DA PALAVRA E SE SUBMETE DIARIAMENTE AO SENHOR JESUS. Isaías escreveu há milhares de anos: "O fruto da justiça será a paz; o resultado da justiça será tranqüilidade e confiança para sempre" (Is 32.17).

Muitas vezes, confiança colocada em pessoas desconhecidas resulta em decepção e amargura. Não acontece assim com Deus. Ele é o Todo-poderoso, o Soberano e amoroso Criador. Ele é totalmente confiável. Ele providenciou um caminho seguro para o céu. Sua Palavra contém promessas comprovadamente seguras.

"Confie no Senhor de todo o teu coração e não se apóie em seu próprio entendimento", disse o sábio Salomão.

Russel Shedd

Por Litrazini

Graça e Paz

MARIA, IRMÃ DE LÁZARO, UMA DEVOÇÃO AMOROSA


2º Trimestre/2017
Texto Base: João 12: 1-11
 
“Então, Maria, tomando uma libra de unguento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do unguento” (João 12:3).

INTRODUÇÃO
Nesta Aula, trataremos do caráter de Maria, irmã de Lázaro, de Betânia. Ela foi uma mulher que honrou Jesus colocando-o acima de toda e qualquer prioridade. Jesus, costumeiramente, hospedava-se em sua casa, quando ia a Jerusalém; nessas ocasiões, Maria sempre queria estar junto aos pés de Jesus para ouvir os seus ensinos (cf. Lc.10:39). Ela o amava, não apenas de palavras, mas com atitudes. Certa feita, ao ungir os pés de Jesus com um unguento de boa qualidade e caro, ela demonstrou amar mais a Jesus do que os bens materiais. Nós temos alegria e prazer em estarmos em sua presença para adorá-lo pelo que Ele é? Que o nosso amor pelo Senhor seja maior do que por nossos bens materiais e profissionais.
I. O EXEMPLO DE MARIA DE BETÂNIA
1. Maria prefere ficar aos pés de Jesus. Maria aparece três vezes nos evangelhos e em todas as ocasiões estava aos pés de Jesus:
a) para aprender (Lc.10:38, 39) – “E aconteceu que, indo eles de caminho, entrou numa aldeia; e certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa. E tinha esta uma irmã, chamada Maria, a qual, assentando-se também aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra”.
b) para chorar (João 11:32,33) – “Tendo, pois, Maria chegado aonde Jesus estava e vendo-o, lançou-se aos seus pés, dizendo-lhe: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. Jesus, pois, quando a viu chorar e também chorando os judeus que com ela vinham, moveu-se muito em espírito e perturbou-se”.
c) para agradecer (João 12:1-3) – “Foi, pois, Jesus seis dias antes da Páscoa a Betânia, onde estava Lázaro, o que falecera e a quem ressuscitara dos mortos. Fizeram-lhe, pois, ali uma ceia, e Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. Então, Maria, tomando uma libra [libra romana= 327g] de unguento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do unguento”.
Deus se alegra quando nós demonstramos gratidão a Ele.  A gratidão move o seu coração para nos abençoar e nos encher da sua maravilhosa graça. Muitos são ingratos a Deus pelos benefícios que Ele lhes deu. A ingratidão é a filha da soberba. Alguém disse que a ingratidão consiste em esquecer, desconhecer ou reconhecer mal os benefícios, e se origina da insensibilidade, do orgulho ou do interesse. Por exemplo, os 10 leprosos foram curados, mas só um veio agradecer e era samaritano. Alexandre Herculano disse: a ingratidão é o mais horrendo de todos os pecados.
2. Maria deu prioridade a Jesus. Sempre que Maria tinha oportunidade de se encontrar com o Senhor Jesus, ela dava toda prioridade a Ele. O Evangelho, segundo escreveu Lucas, no capítulo 10:38-42, registra que Jesus, como de costume, hospedou-se na casa de Maria. Ao hospedá-lo, deu toda prioridade a Ele. Num momento apropriado, Jesus aproveitou para ministrar sua Palavra naquele lar, e Maria, simplesmente, sentou-se aos seus pés e ouviu atentamente seus ensinos. Sua irmã Marta, que cuidava dos haveres domésticos, para receber o hóspede Jesus, se irritou com o fato de que sua irmã não a ajudava nos preparativos da ceia. Marta queria que o Senhor censurasse sua irmã por sua falha em ajudá-la, mas Jesus gentilmente reprovou a Marta por sua ansiedade. Naquela ocasião, Jesus declarou que a decisão de Maria de desfrutar da sua companhia, de dar prioridade a Ele, era a ação mais adequada; Maria escolhera a boa parte, a qual não lhe seria tirada (Lc.10:41,42). A "boa parte" que Maria escolheu foi ouvir e aprender de Jesus, ficar a seus pés, em atitude de reverência e adoração. Para Maria o Senhor Jesus não era apenas um hóspede, era o Mestre, o Senhor, o Hóspede. Aproveitar aquele momento era especial para Maria.
O Senhor Jesus estima nossa afeição acima do serviço. O serviço pode ser manchado com orgulho e presunção. Ocupar-se com o Senhor é a coisa necessária, aquela “boa parte” que não será tirada. O Senhor quer converter-nos de Martas em Marias.
“Mesmo que Jesus aprecie tudo o que empreendemos para Ele, Ele sabe que nossa primeira necessidade é assentar aos seus pés e aprender sua vontade; assim, nas nossas incumbências seremos calmos, sossegados e amáveis e, enfim, nosso serviço poderá atingir a perfeição daquele de Maria, quando mais tarde ela derramou nos pés de Jesus o unguento, cujo perfume ainda enche o mundo” (Charles R. Erdman).
3. Mais "Martas" do que "Marias". As "Martas" são o tipo de crente que, além de se deixarem assoberbar de tarefas, ainda criticam aqueles que buscam mais as coisas de Deus, as "coisas que são de cima" - as "Marias" (Cl.3:1). No mundo atual, há muito mais "Martas" do que "Marias"; as mulheres cristãs têm muito mais coisas para se distraírem, afadigarem-se e ficarem ansiosas do que tinham na época de Maria de Betânia. Naquela época, muitas mulheres estiveram sempre ao lado do Senhor Jesus para servi-lo; desde o seu nascimento, elas o acompanhavam: elas o serviam (cf. João 12:3); elas contribuíam com suas ofertas (cf. Lc.8:2-3); elas estiveram presentes na sua morte e também na sua ressurreição (Mt.27:55,56); foi a uma mulher que Jesus apareceu pela primeira vez após a ressurreição (cf. João 20:15-18). É difícil destacar uma só mulher que não serviu ao Senhor de forma desinteressada. A abnegação era uma característica marcante nas mulheres que serviam ao Senhor Jesus. Infelizmente, hoje, devido ao sistema materialista e consumista, bem como uma maior expressão do movimento feminista, incentivando às mulheres a uma presença forte no mercado de trabalho, ocupando postos que dantes eram exclusivos dos homens, temos tido uma pálida dedicação das mulheres, de forma desinteressada, no serviço do Senhor Jesus.
Concordo com o Pr. Elinaldo Renovato, quando afirma que “a vida moderna exige que a mulher deixe de ser apenas dona de casa, esposa e mãe, e assuma posições na vida dos estudos e na profissão. Não há nada de errado nessa realidade, mas o tempo para Deus, o tempo para estar aos pés de Jesus, ouvindo atenciosamente a sua Palavra é muito mais escasso do que na época de Marta e Maria. Além dos excessos de atividades em casa, na escola e na igreja, homens e mulheres estão sendo dominados e até escravizados por redes sociais, por causa do uso excessivo das tecnologias da informação e da imagem, a ponto de não haver mais tempo para a maior parte das famílias estar nos cultos de oração, nos cultos de doutrina e na Escola Bíblica Dominical.
“Se, por parte da família, não houver uma decisão sábia e firme de dar prioridade às coisas de Deus, em poucos anos, ocorrerá o que aconteceu na Europa. O Diabo incutirá de vez o materialismo nas escolas, e os filhos serão dominados pelo ateísmo. As famílias, especialmente os filhos, perderão o interesse de estar aos pés do Senhor, e a tragédia espiritual será inevitável. É tempo de seguir o conselho registrado em Eclesiastes: "Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu" (Ec.3:1). Notemos que há tempo "para todo o propósito" debaixo do céu; não diz que há "tempo para tudo". Se quisermos agir como Maria, escolhendo "a boa parte" - a de estar aos pés do Senhor - precisaremos ter no coração o propósito de dar prioridade à vida devocional, de ler a Bíblia, de orar, de ir à igreja, de envolvermo-nos no serviço da Obra do Senhor. O culto doméstico é a forma mais eficaz de reunir a família para adoração a Deus no lar. Bastam 20 a 30 minutos, no máximo, para a família louvar a Deus, ler a Bíblia, pedir orações e orar juntos. Essa simples reunião informal tem sido usada por Deus para fortalecer a família cristã, livrando-a da desgraça espiritual e moral que tem destruído grande parte dos lares cristãos”.
II. MARIA, A MULHER QUE UNGIU O SENHOR
Foi numa época da festa de Páscoa, a última que Jesus participara. Só restavam seis dias, quando Jesus sai de Efraim e vai para Betânia. Enquanto em Jerusalém a morte de Jesus está sendo tramada nos bastidores do poder eclesiástico, em Betânia um jantar está sendo preparado para honrá-lo no aconchego de um lar. O Sinédrio já havia decretado que, se alguém soubesse do paradeiro de Jesus, deveria denunciá-lo (João 11:57), mas, em vez de tratá-lo como um criminoso, os amigos de Jesus em Betânia lhe preparam uma ceia. Jesus foi recebido para um jantar, mesmo sabendo da trama do Sinédrio para prendê-lo e matá-lo. Nesse jantar, tanto Marta quanto Maria demonstram sua devoção a Cristo. Marta expressa sua consideração e afeição a Jesus mediante os pratos que preparou e colocou à mesa, enquanto Maria derrama um precioso perfume sobre a cabeça e os pés do seu Senhor. O seu gesto de amor e adoração foi público, espontâneo, sacrificial, generoso, pessoal e desembaraçado.
Observe que nesse jantar João apresenta um contraste, não mais entre Maria e Marta, embora as peculiaridades das duas irmãs ainda estejam em evidência, mas entre Maria e Judas Iscariotes. A avareza disfarçada de amor aos pobres deste e a oferta sacrificial daquela estão em flagrante oposição. Aos motivos de Maria contrapõem-se a falácia e a avareza de Judas, ladrão e traidor. Vejamos alguns aspectos do belo gesto de Maria:
1. Um gesto de profunda gratidão. Maria, num gesto generoso de gratidão e amor, quebrou um vaso de alabastro e derramou o preciosíssimo perfume sobre a cabeça de Jesus. O perfume havia sido extraído do puro nardo, isto é, das folhas secas de uma planta natural do Himalaia, entre o Tibete e a Índia, segundo afirmam alguns estudiosos. Pelo fato de a planta provir de uma região tão remota e ser transportada no lombo de camelos através de regiões montanhosas, era altamente prestigiada.
2. Maria ofereceu o seu melhor a Jesus, sem se importar com as regras culturais.Que regras eram estas? Primeiro, a sociedade esperava que, como mulher, ela estivesse servindo, como estrava Marta; segundo, tocar os pés de outra pessoa era considerado algo degradante;terceiro, Maria não apenas tocou os pés de Jesus, mas também os enxugou com os seus cabelos, sendo estes a coroa e a glória da mulher naquela época. O gesto de soltar os cabelos em público era indigno para uma mulher naquele tempo; quarto, o caro perfume que ela derramou sobre os pés de Jesus era um tesouro que as mulheres guardavam para as suas próprias bodas. Mesmo quebrando paradigmas, o gesto de Maria, embora censurado pelos homens, foi enaltecido por Jesus. Isto é o que importa.
3. Foi um gesto sacrificial (João 12:3) - “E, estando ele em Betânia assentado à mesa, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher que trazia um vaso de alabastro, com unguento de nardo puro, de muito preço, e, quebrando o vaso, lho derramou sobre a cabeça”. Segundo estudiosos, a libra de bálsamo equivalia a uns 327 gramas de perfume. Cada grama desse perfume excelente valia um denário. O total desse caro unguento equivalia ao salário de um trabalhador comum durante um ano inteiro. Maria não deu apenas o seu melhor, mas deu, também, sacrificialmente. Aquele perfume foi avaliado por Judas em 300 denários (João 12:4,5). Representava o salário de um ano de trabalho. Judas Isacriotes ficou indignado com Maria e considera seu gesto um desperdício. Murmura contra ela, dizendo que aquele alto valor deveria ser dado aos pobres. Interessante, Judas criticou Maria por desperdiçar dinheiro, enquanto ele desperdiçou a própria vida. O ato de Maria foi maravilhoso, generoso e atemporal. Alguém disse que “o amor não é calculista; o amor esbanja. O amor, depois de dar tudo, só lamenta não ter mais para dar”.
4. Maria buscou agradar somente ao Senhor – “Disse, pois, Jesus: Deixai-a; para o dia da minha sepultura guardou isto” (João 12:7). Maria demonstrou seu amor a Jesus de forma sincera e não ficou preocupada com a opinião das pessoas à sua volta. Não buscou aprovação ou aplauso das pessoas à sua volta nem recuou diante das suas críticas. A devoção de Maria contrasta vivamente com a malignidade dos principais sacerdotes e a vil traição de Judas.
5. Maria demonstrou amor em tempo oportuno (João 12:7) – “...para o dia da minha sepultura guardou isto”. Maria demonstrou o seu amor generoso a Jesus antes de sua morte e antecipou-se a ungi-lo para a sepultura (Mc.14:8). Outras mulheres, também, foram ungir o corpo de Jesus, mas, quando chegaram, Ele já não estava lá, pois havia ressuscitado (cf. Mc.16:1-6). Muitas vezes, demonstramos o nosso amor tardiamente. A mais eloquente declaração do amor de Davi por seu filho Absalão ocorreu depois da morte do filho. Absalão sempre quis ouvir isso de seu pai, mas, quando Davi declarou seu amor a ele, Absalão já não podia mais ouvir. Muitas vezes, enviamos flores depois que alguém morre, quando a pessoa já não pode mais sentir seu aroma.
6. Maria foi elogiada pelo Senhor (João 12:7,8). Judas reprovou a generosidade de Maria, mas Jesus reconheceu a grandeza das intenções do seu coração agradecido - “Disse, pois, Jesus: Deixai-a; para o dia da minha sepultura guardou isto. Porque os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes”. Jesus chamou o ato de Maria de boa ação (cf. Mc.14:6) e disse que seu gesto deveria ser contado no mundo inteiro, para que sua memória não fosse apagada (cf. Mc.14:9).
Jesus disse que os pobres precisam ser assistidos, mas eles estão sempre entre os homens; Ele, porém, morreria nessa mesma semana, e apenas Maria discerniu esse fato para honrá-lo antecipadamente. Jesus não estava dizendo que devemos negligenciar os pobres, nem estava justificando indiferença para com eles. Jesus estava ratificando o ato de adoração desinteressada de Maria.
A essência da adoração a Cristo é considerá-lo com o maior amor, respeito e devoção, bem como estar disposto a sacrificar por ele aquilo que tivermos de mais precioso. As palavras de Jesus deviam ter ensinado a judas e aos discípulos que a devoção vale mais do que os bens materiais. Infelizmente, Judas não deu atenção; logo ele venderia a vida de seu Mestre por 30 moedas de prata.
III. O CARÁTER HUMILDE DE MARIA
Maria, irmã de Lázaro, foi uma das mulheres mais especiais do Novo Testamento. Uma das virtudes que mais qualificava essa extraordinária mulher era o seu caráter humilde. Essa qualidade é própria daqueles que sempre estão aos pés do Senhor e se propõem a ouvir os seus ensinos e servi-lo com amor. Quanto mais a pessoa aprende do Senhor Jesus, mais ela deixa transparecer essa qualidade, que é própria daqueles que são filhos de Deus. Todavia, servir a Deus com franqueza e de forma abnegada não é fácil; há sempre verdugos à espreita para estender os seus tentáculos no afã de anemiar o ânimo do servo ou da serva de Deus e demovê-lo de seu propósito. Foi o que tentaram fazer com Maria, irmã de Lázaro. No momento em que ela servia ao Senhor com liberalidade, com aquilo que ela tinha de maior valor, os críticos logo apareceram. Eles foram ásperos em suas críticas, com real intenção de ofender o caráter de Maria. Mas, ela demonstrou um caráter humilde e fiel a Deus; não arrefeceu do seu intento; ela procurou agradar ao Seu Senhor, apesar dos críticos, sem nenhuma reação.
Concordo com o Rev. Hernandes Dias Lopes, quando diz que os críticos são como erva daninha, florescem em qualquer lugar; são os inimigos de plantão, que sempre estão à nossa espreita; estão espalhados por toda parte, esperando o momento para nos machucar sem piedade. Eles estão dentro de casa, nas ruas, no trabalho, na escola e até na igreja. O objetivo deles é sempre querer nos nivelar à sua mediocridade. Os críticos são movidos pelo combustível da inveja. O invejoso é aquele que se sente infeliz por não ser como você, por não ter o que você tem e por não poder fazer o que você faz. Caim matou Abel por inveja, em vez de seguir seu exemplo; os irmãos de José tentaram se livrar dele por inveja, em vez de seguir os seus passos; os fariseus, por inveja de Jesus, preferiram persegui-lo a seguir os seus ensinos; os algozes de Estêvão, o primeiro mártir da Igreja, o apedrejaram porque não podiam ser o que ele era – ele era cheio do Espírito Santo; não podiam fazer o que ele fazia - prodígios e maravilhas. Os críticos de Maria:Marta, sua irmã; os seus discípulos, com destaque para Judas Iscariotes.
- Marta. Ela reclamou a Jesus que Maria deveria sair de sua presença para ajudá-la nas tarefas domésticas. Maria, porém, não revidou, não disse nada, não criticou a atitude de sua irmã. Ficou em silêncio, e deixou Jesus falar. Ela revelou um profundo senso de valor diante do Mestre, considerando maior prioridade ouvir seus valiosos ensinos. E foi compensada por Jesus, que a defendeu dizendo que ela escolhera "a boa parte, a qual não lhe será tirada" (Lc.10:42).
- Seus discípulos (cf. Mc.14:4,5) – “E alguns houve que em si mesmos se indignaram e disseram: Para que se fez este desperdício de unguento? Porque podia vender-se por mais de trezentos dinheiros e dá-lo aos pobres. E bramavam contra ela”. Judas e os demais discípulos ficaram indignados com Maria, considerando o seu gesto de amor a Jesus um desperdício. Eles culparam Maria de ser perdulária (desperdiçadora, gastadora) e de administrar mal os recursos. Eles murmuraram contra ela, dizendo que aquele alto valor deveria ser dado aos pobres (é a tese do politicamente correto). Eles usaram a lógica para interromper uma atitude de gratidão a Deus. Qual é lógica? Cuidar dos pobres. Eles usaram o chamado politicamente correto para interromper um ato de adoração, devoção e gratidão a Deus. Isso acontece, também, nos dias de hoje. Precisamos estar preparados para esse tipo de atitudes por parte dos cessacionistas de plantão, tanto internos como externos. Todavia, naquele momento, nada, nem mesmo as críticas mais ferrenhas poderiam impedir Maria de demonstrar o seu grande amor, devoção e gratidão ao Senhor Jesus. Ela rompeu a barreira dos tabus e demonstrou com coragem a sua devoção a Jesus. A devoção de Maria se destaca em vivo contraste com a malignidade dos principais dos sacerdotes e a vil traição de Judas. Ela ficou silente, não reagiu, diante dos críticos. Ela usou a arma mais poderosa de seu caráter: a humildade. Recebeu por isso um elogio estridente do Senhor: “Jesus, porém, disse: Deixai-a, para que a molestais? Ela fez-me boa obra” (Mc.14:6). Você está pronto para servir a Deus com sinceridade e liberalidade diante das críticas? Você é capaz de suportar com humildade as críticas, porque você é fiel ao Senhor?
CONCLUSÃO
O ato de Maria expressou a sua devoção e seu amor profundo pelo Senhor Jesus. Qual o tamanho de nossa gratidão a Jesus pelos benefícios que Ele nos tem feito: vida eterna, provisão diária; livramentos; privilégio de sermos filhos de Deus? Muitos estão perdendo a oportunidade de expressar gratidão ao Senhor. Não percamos a oportunidade de expressarmos a Deus o nosso amor e fidelidade a Ele. Maria ofereceu a Jesus um ato sacrifical, pois o seu unguento era muito caro; o leproso lembrou de oferecer a Jesus um belo jantar, em gratidão pela cura que Jesus lhe tinha feito. E nós? O que temos para oferecê-lo? Pense nisso!
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Luciano de Paula Lourenço
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Comentário Bíblico popular (Novo Testamento) - William Macdonald.
Revista Ensinador Cristão – nº 70. CPAD.
Pr. Elinaldo Renovato de Lima. O caráter do Cristão. CPAD.
Rev. Hernandes Dias Lopes. João – As glórias do Filho de Deus.